sábado, 6 de dezembro de 2008

Regras sobre bagagem de mão


Lembramos a todos de que o Reino Unido permite somente um item de bagagem de mão por passageiro para todos os passageiros saindo e todos os passageiros em trânsito pelos aeroportos do Reino Unido.

Constantemente nos deparamos com passageiros em desacordo com os procedimentos que desembarcam com mais de um volume de bagagem de mão ou que tenha peso e tamanho fora do padrão. É preciso assegurar-se de que todos os passageiros estejam totalmente informados e de acordo. Passageiros em desacordo não serão autorizados a efetuar trânsito direto, deverão obrigatoriamente despachar a bagagem excedente sob o risco de perder a conexão por sua própria responsabilidade. Há informações recentes de que bagagens despachadas foram retiradas da aeronave, pois os passageiros não foram autorizados a efetuar o trânsito direto em Heathrow.

As normas para bagagem de mão no Reino Unido são as seguintes:

Somente é permitido 1 volume de bagagem de mão que não exceda as dimensões permitidas de 56cm x 45cm x 25cm, com líquidos até 100ml por recipiente somando no máximo 1 litro, alocados dentro de um recipiente plástico transparente (ziplock) com dimensões máximas de 20cm x 20cm. Tudo isto deve estar contido em somente um volume de bagagem de mão. Bolsas tiracolo femininas contam como 1 volume de bagagem de mão, portanto devem ser acomodadas dentro de um só volume.

Favor certificar-se de que passageiros de outras localidades e de origem doméstica no Reino Unido estejam cientes destes procedimentos obrigatórios.

Conseguindo o visto para a Inglaterra


Estou abrindo esse tópico para quem quer aplicar o visto e não sabe nem por onde começar.
Vamos aos poucos tirando todas as dúvidas sobre EC - Entry Clearance, ou seja Visto ou pré visto com quiserem chamar.
Aos que aplicaram e receberam visto, favor deixar depoimento também.


Sobre o meu processo.

Demorei mais de dois meses só para reunir toda papelada. Por isso digo e repito: não peçam licença ou saiam do trabalho antes de receber visto! Irão se arrepender porque vocês não gostarão mais dos finais de semana como antes e verão que demora muito para reunir tudo e ficar esperando resultado sem um trabalho pra ocupar a mente.
Sem contar que conta muito a seu favor estar em exercício de trabalho enquanto aplica o visto.
É difícil conseguir documentação trabalhando? Com certeza, mas sempre haverá pessoas para lhe ajudar a fazer uma coisinha e outra...como ir ao cartório, passar na escola de inglês, pegar cartas assinadas etc.

Então vou contar por alto como foi minha saga:

Fiz todas as cartas(pessoal e sponsor) em português, reconheci assinaturas no cartório com assinatura semelhante. Porque quem assina precisa estar presente para o cartório colocar um selo de verdadeiro. O cartório não quer assumir compromisso caso aconteça alguma coisa, entende?! De repente se você quiser reconhecer assinaturas como verdadeiras pode ser interessante.
Não fiz cópia de nenhuma dessas cartas e nem passei para o inglês.

Relação de documentos e comprovantes que levei comigo ao consulado:

Envelope do correio que tive que comprar numa garagem na frente do prédio do consulado pq a agência não me avisou sobre tal envelope(me cobraram 6 reais...rs);

Passaporte;

2 fotos 3x4 com fundo branco;

Formulário on line de estudante preenchido em inglês;

Formulário adicional em Inglês e feito a mão com letra de forma(script) e legível;

Carta da Escola - credenciada pelo British Council;

Carta de acomodação em casa estudantil registrada;

Passagens “JÁ COMPRADAS” de ida e volta pela tam (vôo direto) para uma semana antes e uma depois de início e término do curso(comprei pq não agüentava mais as expirações das reservas;

Carta pessoal falando porque quero estudar em Londres, meus objetivos e como foi processo para eu escolher a escola;

Meus 6 últimos holerites;

Meu imposto de renda original;

Carteirinha de saúde com algumas vacinas importantes (rubéola, febre amarela, antitetânica, tríplice e hepatite ...(Eu já tinha então achei que não custava mostrar preocupação com a saúde);

Seguro de saúde para 12 meses;

Cópia do cartão Travel Money com extrato de 2 mil euros em depósito;

Cópia do cartão de crédito do banco do Brasil Internacional com extrato da minha conta assinada e carimbada pelo gerente e com telefone de agência;

Certificados originais do Ensino Fundamental, Ensino Médio, Curso Superior e comprovante que estou cursando Pós Graduação regularmente e com notas parcias anexadas ao comprovante;
Todos os históricos originais desde a primeira série;

3 certificados de cursos de inglês(o último era do mês de setembro/08) BOM SER ATUAL;

Comprovante de licença da Escola onde trabalho com período determinado, assinado pelo Assistente de Educação e Diretora Geral da Escola, com timbre de Santa Catarina e com carimbo da Escola constando telefone e endereço;

Todos os certificados originais de cursos ligados a Educação
que possuo;

Certificados Extras como computação, comunicação, etiqueta social etc;

Peguei 2 Sponsors pra garantir

1º Sponsor:

Carta do meu pai – 600 libras por mês
Extratos bancários pessoais dos últimos 6 meses carimbados e assinados pelo gerente com telefone da agência;
Comprovante de residência;
Contratos de aluguéis;
Cópia autenticada de imóveis;
Cartão de visita da empresa com CNPJ;
Todos os telefones onde poderiam falar com meu pai;
Carta da minha mãe dizendo que apoiava meu pai na decisão de me enviar as 600 libras. Fiz isso pq a empresa está no nome dela e caso houvesse algum problema quanto a isso, esta carta resolveria. Poderia ter feito só ela como primeiro sponsor, mas os extratos dele têm valores mais altos que os dela.
Cópia autenticada do contrato social da empresa;
Extratos bancários pessoais(carimbados e assinados) da minha mãe;
Extratos bancários(carimbados e assinados) do meu irmão comprovando que ele não depende do meu pai;
Comprovante de endereço do meu irmão mostrando que ele nem mora mais conosco;

2º Sponsor:

Carta do meu tio – 400 pounds por mês;
Imposta de Renda;
Extratos bancários assinados e carimbados;
Contrato social da empresa dele;
Todos os telefones onde poderiam falar com meu tio.

Organização do Processo:

Comprei 3 pastinhas coloridas e uma caixa de clipes coloridos pra organizar documentação.
Tudo em relação a mim coloquei e uma pastinha transparente.
Do meu pai (1º sponsor) coloquei em uma pastinha azul;
Do meu tio(2o sponsor) coloquei em uma pastinha verde.
Etiquetei pastas(aplicante: meu nome, 1o sponsor: nome do meu pai e 2o sponsor: nome do meu tio).

Chegada ao Consulado

Cheguei 15 minutos antes do previsto só que eu não fui avisada que tinha que comprar envelope dos correios para colocar os meus documentos.....Então tive que ir correndo em uma garagem que fica em frente do prédio do consulado comprar o bendito envelope...(detalhe de 6 reais).
No saguão do prédio a recepcionista telefonou informando ao consulado que eu havia chegado e então tiraram foto minha através de uma web cam.
Passei na catraca eletrônica com cartão dado pela recepcionista.
Chegando até a sala do consulado uma moça loira me atendeu e mandou eu dar 1 passo para traz para ser filmada por uma segunda câmera. Pediu passaporte e fotos, conferiu pra ver se era eu mesma e mandou entrar.
Pegou meus documentos e tirou tudo das minhas lindas pastinhas empilhando tudo numa pilha só e depois pegou formulário on line para conferir se havia rasuras ou correções. Pediu pra eu assinar de caneta vermelha ao lado dos erros. ( Fiquei bastante preocupada com isso). Formulário on line, uma vez feito, pago e imprimido não pode mais ser corrigido, por isso MUITA CALMA na hora de somar valores, cuidando sempre para fazer tudo certinho.
Ter lido antes os 15 mil e poucos posts desse tópico pois te ajuda a dar uma visão ampla do que o consulado realmente quer de um aplicante.

O que percebi que é muito válido e conta muito para a obtenção do visto de estudante;

Cursos de inglês recentes e obtidos no Brasil;
Boa renda sua ou da sua família(extratos, poupança e aplicações) ou então de quem patrocinar seus estudos(se não forem seus pais bom colocar motivos louváveis na carta de sponsor, pelos quais essa pessoa vai te patrocinar);
Vínculos no Brasil como curso superior ou pós graduação a completar, emprego fixo e garantido para o seu retorno, imóveis no seu nome etc;

Observação 1: Vocês podem achar exagero meu no excesso de documentos apresentados. Marquei entrevista uma semana depois de já ter organizado tudo e como não tinha nada pra fazer e sou meio perfeccionista e desconfiada, ia anexando coisas que não foram pedidas, mas que a meu ver, julgava importantes.
Já dizia o ditado: “Antes pecar pelo excesso do que pela falta” (não lembro autor da frase).

Observação 2(MUITO IMPORTANTE): Nem pense em falsificar nada, pois eles tem um departamento dentro do próprio consulado só para investigar extratos, veracidade de certificados, diplomas, cartas de trabalho, etc.
Se descobrirem que houve fraude você tem visto negado e poderá ficar muitos anos sem obtê-lo novamente.

Observação 3: Pegar agência para te ajudar...sim ou não?
Depende, se você tiver tempo e está começando processo hoje pra viajar só daqui a uns 4 meses no mínimo, creio que você consiga fazer tudo sozinho. Isso se tiver com tempo e disposição para pesquisar, correr atrás de informações etc.
É possível fazer sozinho sim mas a insegurança do desconhecido nos deixa preocupado.
Pesquise bastante, use um bom tradutor para fazer o formulário on-line e adicional que dará tudo certo. (Erros de concordância são tolerados).
Eu já tinha feito tudo sozinha o meu formulário on line só que pra minha “sorte” quando fui imprimir, entrei na pagina do WB e o formulário sumiu devido a mudanças que fizeram no site.
Precipitada por natureza, primeira coisa que fiz foi ligar para uma agência pra me ajudar com essa parte e também porque no fim, o tempo estava passando, minha licença do trabalho correndo e eu não tinha fechado com acomodação e marcado entrevista no consulado ainda.
Além de pagar pela agência a acomodação eu paguei a eles 260 reais para me ajudar com formulário on line, adicional e outras dúvidas que poderia ter, tudo isso por msn. A moça fez tudo em uma tarde apenas. Coisa que eu demorei 3 dias para fazer (com ajuda de tradutor claro). Me passou por e-mail formulário adicional mais carta de acomodação, recado em inglês dos erros que foram feitos no formulário on-line e foi isso. Imagino que era só esse o serviço mesmo, mas precisava de mais ajuda e de respostas imediatas.
Acabei dando mais trabalho a eles porque meu visto demorou mais que o habitual (problema que houve no começo de outubro) então precisei alterar data de acomodação em cima da hora. Não gostaram muito, mas eu errei mesmo em não avisar bem antes. Estava naquela esperança de o visto vir de um dia para o outro.
No final das contas acabei adicionando ao meu MSN outros agentes, que não me cobraram um tostão para me dar informações valiosas...(Obrigada Claudia e Mariana!!! – AGBR....eu recomendo!!! – Vcs amam o que fazem, dá pra ver de longe!!!!

Outra dica:
Mas se vc não tem tempo nenhum disponível, aconselho a vc pegar agência sim. Pq eles farão a maioria das coisas que fiz sozinha para vc. Assim como reservas, elaboração de cartas, preenchimento de formulários etc. Vc só vai precisar correr atrás de documentos seus e de seus patrocinadores para entregar a agência.
Pesquise o melhor preço pq tem algumas que metem a faca hein...rs. Tem uma aqui em Joinville que é a mais cara de todas...afff...(sem citar nomes...rs).

Mas querem saber uma coisa? Vc se sentirá muito bem se fizer quase tudo sozinho, ou então melhor ainda se fizer tudo completamente sozinho e receber visto aprovado. Imagino que os agentes de turismo tbém sentem isso quando seus clientes tem visto emitido.
Principalmente se vc for como eu que gosta de projetos e trabalhos escolares....Acho que tem alguma semelhança viu..rs
É uma sensação de trabalho realizado e o Visto é igual uma nota 10 ou A + que vc recebe na faculdade.
Bem, acho que hj vou ficando por aqui mesmo, pois já escrevi demais da conta hj...rs

Fica aqui também minha forma de ajudar um pouquinho os que precisam aplicar visto e de agradecer a Deus por tudo que tem feito em minha vida.

Conselho:
Peça orientação sempre ao Senhor Jesus que tudo dará certo para vc!!!
Lembre-se que tudo tem sua hora e momento certo para acontecer!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Sutilezas londrinas: as cantadas


Tenho uma amiga que odiava o comportamento dos homens londrinos. Acostumada a "pedreiragem" que reina no Brasil, ela se produzia toda na capital do Reino Unido, saía toda empetecada, e... nada! Nenhum assovio, nenhum elogio... nada! Quando foi a Itália, essa mesma amiga relatou que quase era atacada na rua!

Pois bem, sobre essas sutilezas que só acontecem em Londres, reproduzo aqui o testemunho de Katemari, que exemplifica m pouco das diferenças entre um país e outro:

"
Bem, eu vejo que há duas coisas: uma é em relação às cantadas, outra sobre as pessoas em geral ficarem dando fé da vida da gente ou não.

Quanto à primeira, pode ser uma questão de 'apurar' a percepção para um outro tipo de cantada, aquela que não é vulgar, aquela que não te comem com os olhos, aquela não é extremamente machista e trata a mulher como objeto passível de qualquer tipo de comentário. Para esse tipo de cantada, mais comum quanto mais machista for a sociedade em questão - pela minha experiência e pela teoria -, realmente Londres não tem muito espaço APESAR de também acontecerem, e muito. Pergunto aí para as meninas da comunidade se nunca se sentiram fortemente - e desagradavelmente - assediada por alguns determinados imigrantes.

Na boa, quanto ao quesito cantada, eu acho Londres um lugar fantástico, o mesmo não digo da Itália. Aquelas coisas bobinhas e clássicas de perguntar a hora e emendar papo. De iniciar conversinhas esperando ônibus. Do cara mudar o sentido em que andava na calçada pra esbarrar "sem querer" e, denovo, começar um papinho. Eu adorova e me divertia. Mas é uma questão cultural.

Em relação ao prestar atenção na vida alheia, por Deus, eu amava isso em Londres. Coisa boa não ter que dar explicação pro atendente da padaria da esquina! Nem saber que os vizinhos ficam observando a movimentação no teu apartamente e, se duvidar, fazendo anotações em casa para criar um perfil da gente. E não precisar se preocupar se estamos ou não repetindo uma mesma roupitcha num evento.

Para mim, nós, brasileiros, somos muito invasivos - no nordeste então, pior ainda! E é engraçado que o povo que vem de fora adora. Sente isso como preocupação com o outro, como hospitalidade, calor humano. E, novamente, vejo como uma questão cultural."

Invasão colombiana: seremos ultrapassados?


Um conhecido meu relata:



"Que mudança nesse último ano... Eu sempre trabalhei em agências de catering e no final de 2006 quase não conhecia nenhum colombiano. Mas desde meados do ano passado, houve uma enorme invasão! Será que vão nos deixar para trás? Li numa pesquisa de um jornal distribuído no consulado brasileiro que há cerca de 300 mil brasileiros e 200 mil colombianos.
Temos acompanhado que o Reino Unido vem fechando o cerco contra nossos compatriotas. será que isso levou o aumento dos colombianos?

Outras duas coisas bem bestas que eles ficam putos de inveja: nós conseguimos as cidadanias européias e naão precisamos de visto para os países da UE."



E eu respondo:
Sempre convivi com colombianos, em todas as casas onde morei sempre tinha alguém, é a nacionalidade não-Européia que mais vejo em Londres, inclusive o único sotaque espanhol que eu consigo identificar por causa desse bando de gente com quem sempre convivi. E quase todos com cidadania espanhola, entao não sei pq eles teriam inveja... Já o problema do visto é uma tristeza, eles pagam o preço da fama do tráfico. Muitos dos meus amigos nao conseguiram nem o visto Schengen pra passear pela Europa.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A comida na Inglaterra


Afinal de contas, a comida em Londres é boa ou ruim? A polêmica é grande... O site coloca aqui então depoimentos de alguns depoimentos de pessoas que foram a Londres e provaram a típica culinária local. Tire você mesmo suas conclusões, e se preferir, mande sua opinião!


“Uma coisa é reclamar da comida inglesa e outra é reclamar da comida que vocês tinham que comer no dia-a-dia, que vocês aprenderam a cozinhar na raça, que vocês sentiam falta do arroz com feijão, etc. Porque eu realmente não acho tão abominável assim não...”


“Eu morei lá, também fazia minha comida que não era lá essas coisas, mas também comi a comida inglesa na casa de amigos. Não achei ruim não. Eles comem muita batata e bolos com frutas que não estamos acostumados aqui, no começo é estranho, mas depois achei bom.”


“Inglaterra não tem comida... o que eles comem aqui é toast, feijão em latinha de molho vermelho que é doce, vegetais cozidos sem nada, eles não põem temperos em nada, o arroz vem em um saquinho dai eles põem o saquinho na água fervendo, dai quando fica pronto, o arroz é uma papa, sem sal sem tempero sem nada... dai quando vai comer, eles põem o sal e pimenta por cima da comida.”


“Eu morei com uma família tipicamente inglesa. Aprendi a comer muita coisa e peguei gosto. Adoro 'fish and chips'.”


“A coisa mais comum é reclamar da comida inglesa, parte disso é por ignorância mesmo e outra é porque provaram comida feita por uma mal cozinheiro... A tradicional comida Inglesa é muito saborosa, minha sogra cozinha muito bem e tudo que tenho provado é de excelente qualidade, extremamente saudável... Dizer que fish & chips é a única comida tradicionalmente inglesa é dizer que você morou em Londres cercado de brasileiros e morreu de trabalhar e nunca desfrutou das delícias dessa terra . Em fato os melhores cozinheiros do mundo estão na Inglaterra, melhor em Londres . Mas tenho que admitir que a comida brasileira é maravilhosa, mas por que se desfazer de uma para adorar a outra, why not enjoy both?”


“Não acho a verdadeira comida inglesa ruim... Pra falar verdade os ingleses nem tem tantas comidas tradicionais como outros povos. Por isso ás vezes não nos acostumamos. O grande lance de Londres é que os principais pratos deles são pratos de todos mundo: Todo mundo sabe que Londres é a capital mais cosmopolita do mundo. por isso eles aderem com facilidade a cultura de vários países. Dêem uma andada pela Oxford street: corto minha cabeça fora se não acharem nenhum restaurante italiano, tailandês, indiano, chinês, português que seja, inclusive banquinhas de cachorro quente, ou seja, Londres tem comida de todos os tipos para todos os gostos e culturas. No mínimo quem fala mal da comida e cultura inglesa é porque vai dar um pulinho na mal educada vizinha França e ao comer o primeiro queijinho já fala que fica apaixonado. Pra mim isso é falta de saber apreciar as oportunidades que temos.”


“As comidas típicas inglesas eu gostei. O english breakfast, fish and chips, roasted vegetables, baked potatos... Sei lá, não achei nada ruim não... Mas que as comidas inglesas têm fama de serem horríveis, têm. E as comidas da Espanha são muito melhores realmente!”

Dicas para comprar roupas em Londres


Deixe pra comprar roupas quando já estiver em Londres. Adequadas para o frio de lá e baratinhas. Não deixe de ir na Lillywhites em Piccadilly Circus. Você irá ao delírio com os preços. Coisa boa e barata. Tipo Nike, Mizuno, Puma, Diadora.
Tênis também é muito barato. Pra vc ter uma idéia, um Nike de 600 reais aqui no Brasil, vc vai pagar uns 200 reais lá. Leve só um par de tênis e o sapato que vc vai viajar e compre o resto lá! Compensa. Perfume também é bem mais barato que aqui no Brasil. Tem uma rede de drogarias lá, a Boots, que tem muita coisa barata. Os produtos da própria drogaria, da marca "No7" são muito bons e baratos. Compensa
.
O frio do Reino Unido é bem diferente do frio que estamos acostumados aqui no Brasil. E ainda tem a questão do volume nas malas...coloca-se um casaco e já foi embora o espaço. Lá encontrarás a Primark, que tudo é muito barato...é como se fosse a C&A daqui. Abaixo, algumas que conheci e comprei e posso indicar:

- Next, que é tudo de bom e o preço nem é mais ou menos, há coisas que encontramos lá hiper baratas, em relação até mesmo a qualidade, são peças belas e bem transadas.
http://www.next.co.uk/shopping/men/casual/83/

- Peacocks Store: Aqui tem muita coisa legal e num precinho excelente http://www.peacocks.co.uk/?store=mens

- Marks & Spencer: (essa é um pouco mais cara, mas é tudo de primeira) http://www.marksandspencer.com/gp/node/n/435030/276-9067118-1161043?amp;mnSBrand=core

- Matalan: Esse às vezes encontra-se coisas legais, mas eu achei mais grosseiras... vai da sorte de encontrar peças bonitas e num preço bom.
http://www.matalan.co.uk/pages/men

Consulte os sites e poderás ter noção dos preços e modelos de acordo com sua preferência.
Boa Sorte!!!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Como trabalhar legalmente na sua área de formação no Reino Unido


Aqui vão algumas dicas de como você, formado em determinado curso no Brasil, consegue trabalho na sua área em Londres ou em outra parte do Reino Unido. Se tiver qualquer outra dúvida, recomendo a visita ao site oficial do consulado, que pode ser de extrema importância. Para visitar o site do consulado, clique aqui.

1) Se vier como estudante e encontrar um emprego na sua área onde você trabalhe apenas 20 horas/semana;

2) Se, ainda no Brasil, se candidatar e for contratado por uma empresa que entre com um pedido de Work Permit para você junto ao Home Office; você espera isso sair no BR e já vem para cá com essa permissão no passaporte; você só pode trabalhar nesta empresa e, se sair/for despedido, precisa deixar o país;

3) Conseguir um visto de High Skilled Migrant Programme, que usa um sistema de pontuação para saber quão qualificado o profissional eh e se há demanda no Reino Unido na área em que a pessoa atua; com esse visto, você pode entrar no pais e procurar o emprego aqui dentro.

4) Se tiver dupla cidadania (de algum pais da União Europeia) ou for casado com uma pessoa que possua passaporte europeu.

King's Institute: Escola de Ladrões


Tentando evitar que muitos brasileiros caia em uma roubada, daremos aqui o depoimento de gente que foi lesada por uma escola de péssima fama na Inglaterra, a King's Institute. Os depoimentos foram retirados de uma comunidade do Orkut. Logo depois, daremos também um link para uma notícia que denuncia essa mesma escola, fabriqueta safada e vistos. O conselho deste site é: passe longe desta escola! Durante mais de seis meses, participei desta comunidade. Se procurarem, encontrarão vários posts meus no tópico "EC Hoje?". Infelizmente, eu e minha namorada tivemos os vistos negados. Por razões óbvias, saí da comunidade, já que não ia mais para Londres. Mas voltei a esta comunidade para quem sabe evitar que outras pessoas não cometam o mesmo erro que eu cometi. Fiz minha matrícula no começo do ano na escola "King's Institute". Como eles têm uma funcionária que atende em português, fiztodo o acerto com ela. Inclusive, perguntei a ela como fazr todo o procedimento em caso de visto negado, e se eu teria direito a reembolso do meu dinheiro. Pois bem: a funcionária (Juliana) me explicou como fazer tudo, e eu estava satisfeito com o que eu ouvi. Mês passado, meu visto foi negado. Entrei em contato de novo com a escola, para saber o que deveriafazer então para conseguir meu reembolso. Ela me disse para mandar os documentos originais da recusa do meu visto e o de minha namorada. Eu fiz isso, mas qual não foi a minha surpresa ao receber uma resposta dizendo que não teria direito a reembolso nenhum... Liguei lá hoje cedo. Falei em português com outra atendente (Ione) e ela me disse que não iria fazer nada. Que havia dançado no meu dinheiro. Resultado: tomei um prejuízo de R$ 1.800,00 (minha matrícula e de minha namorada) e ainda gastei um bom dinheiro tentando justificar que eu havia seguido todas as instruções, mas não me deram papo. Além de ter ficado extremamente decepcionado com o meu visto que foi negado, tive que aturar mais essa ainda. Espero que outras pessoas, ao procurarem escolas em Londres, tenham o cuidado de passar bem longe do King's Institute. Não cometam o mesmo erro que eu cometi. Dinheiro a gente corre atrás e ganha de novo. Papel de bobo é que é foda fazer. Agora, fique com a notícia publicada em um portal de notícias na Internet. O link para a notícia é: http://portalgrito.com.br/ultimas_noticias/ultima.php?id=144 Aqui vai a notícia completa:

Escola inglesa dá calote em brasileiros

O sonho de ir estudar no exterior muitas vezes se transforma em pesadelo para vários estudantes brasileiros. Além de terem seus vistos negados, não conseguem recuperar o dinheiro investido na (cara) matrícula escolar, que é obrigatória para a obtenção do visto de entrada no país. Esse é o caso da profissional de informática D.C. (que prefere não se identificar). Ela pagou cerca de R$ 1.000,00 por seis meses de curso, e de acordo com a escola, teria direito ao reembolso caso seu visto fosse negado. Após a decepção de ter o visto negado pelo Consulado Britânico. Vários outros estudantes também caíram nessa cilada. É o caso de Marcela Miranda, estudante universitária, que assim como D.C., fez sua matrícula na escola “King’s Institute”, em Londres. Essa escola tem sido campeã de reclamações. Vários outros estudantes lesados tentaram também em vão recuperar o dinheiro dado no momento da matrícula. A equipe da reportagem do Portal Grito tentou, através do atendimento on-line, conseguir informações com o King’s Institute. Mas o atendimento disse que não poderia prestar informações relativas ao departamento financeiro. Perguntamos então se poderíamos entrar em contato com o departamento financeiro, mas não obtivemos resposta.

Algumas regras para a obtenção do visto de estudante para a Inglaterra

Desde julho, mudaram algumas regras para a obtenção de vistos de estudante para o Reino Unido. Dentro as mais significativas, estão:

1- Apresentar a quantia necessária para se sustentar no período do curso, ou seja, a carta do patrocinador não tem mais o peso que tinha, agora é necessário apresentar o dinheiro em poupança ou investimento, enfim mostrar que tem o dinheiro, no caso 800£ por mês, 1 ano = 9600£ em caixa mais o valor do curso pago;

2- É preciso comprovar que já possui um certo nível de inglês em algum centro reconhecido;

3- A escola escolhida precisa ser "decente".


Essas mudanças tendem a exterminar de vez com escolas de baixo nível, que servem apenas para tentar legalizar trabalhadores iegais no país. Por outro lado, a questão financeira pode detonar de uma vez por todas com as ambições de vários brasileiros que não poderão provar essa grande quantia de dinheiro.

Dicas para conseguir o visto para a Inglaterra

Selecionamos alguma dicas aqui, retiradas do próprio site do Consulado Britânico, para tentar facilitar um pouco o complexo processo de obtenção de um visto para o Reino Unido. Se qualquer dúvida surgir, basta nos contatar, através de comentários nesta mesma página.

Como solicitar um visto para o Reino Unido

Onde posso obter informações?

A Agência de Fronteiras do Reino Unido, a Embaixada Britânica e os Consulados Gerais no Brasil trabalham em parceria com uma organização comercial: a WorldBridge.

Você pode descobrir se precisa de visto e como iniciar o processo através do website da WorldBridge. A WorldBridge também fornece informações através de e-mail e de um serviço de atendimento por telefone pago no número 55 (21) 2108 9108 a um custo de US$ 12 por ligação. Todas as informações fornecidas são oferecidas e aprovadas pela Agência de Fronteiras do Reino Unido.

É importante destacar que a Embaixada e os Consulados não são autorizados a fornecer informações sobre vistos em contatos diretos. Por favor, entre em contato com a World Bridge como descrito acima.

Eu tenho que pagar?

As informações contidas no Website e recebidas através de e-mail são gratuitas, mas existe uma taxa para a utilização do serviço telefônico.

Onde posso obter conselhos?

A WorldBridge e os membros da sua equipe não podem lhe dar conselhos sobre como concluir o seu pedido ou para que tipo de visto você deve dar entrada. Se você precisar de ajuda com o seu processo de solicitação de visto ou aconselhamento sobre as regras de imigração do Reino Unido e os seus requisitos, deverá procurar aconselhamento de um consultor de imigração qualificado. No Reino Unido, estes são consultores de imigração regulamentados pelo Office of the Immigration Services Comissioner (OISC – www.oisc.gov.uk) ou profissionais legalmente qualificados e regulamentados por órgãos específicos. Seus websites são os seguintes:

Como posso dar entrada no processo de solicitação de visto?

A WorldBridge gerencia Centros de Solicitação de Visto em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde você deve dar entrada no seu processo de solicitação de visto e fornecer seus dados biométricos.

Quem decide se terei o pedido de visto aceito?

Seu pedido de visto será processado e decidido por membros da equipe da Agência de Fronteiras do Reino Unido. Nem a WorldBridge, nem nenhum dos seus funcionários participam ou podem influenciar no resultado de sua solicitação. Se algum membro da equipe da WorldBridge alegar ser capaz de influenciar em sua solicitação, você deve informar a Agência de Fronteiras do Reino Unido o mais rápido possível.

Padrões de serviço - reclamações e elogios

A Agência de Fronteiras do Reino Unido visa oferecer um serviço profissional e justo para todos os nossos clientes. Comentários são bem vindos, pois nos ajudam a identificar onde temos que melhorar.

Se você tiver quaisquer comentários ou estiver preocupado com o nível de serviço que você recebeu, por favor, nos avise. Nós investigamos todas as denúncias e nos comprometemos a enviar uma resposta em até 20 dias úteis.

  • Se desejar reclamar do serviço que recebeu da Agência de Fronteiras do Reino Unido no Brasil, por favor, dirija a sua reclamação para o Entry Clearance Manager no UK Border Agency, Caixa Postal 7510, Rio de Janeiro - RJ, CEP 20241-970, ou por e-mail para visacomplaints.rio@fco.gov.uk.
  • Se desejar reclamar do serviço que recebeu da WorldBridge, você poderá fazê-la pelo website, pessoalmente, ou por escrito para o Entry Clearance Manager no UK Border Agency, Caixa Postal 7510, Rio de Janeiro - RJ, CEP 20241 -970, ou por e-mail para visacomplaints.rio@fco.gov.uk.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Cidadania portuguesa: você sabia?


Como muitos sabem, na hora de requerer o direito a segunda cidadania aparecem pedidos e regras muito particulares em cada consulado. No meu caso(Portugal) foi intrigante: Sou filho de Mãe Portuguesa e pai Brasileiro. Sendo eu o fruto de uma união amigavél entre meus pais (ou seja: sem a devida documentação, cartório , certidões e etc.) e sendo maior de 21 anos. Seria necessário que a parte Portuguesa (no meu caso minha mãe) fosse declarante no cartório na hora do meu registro de nascimento para que hoje e tivesse direito a cidadania Portuguesa. É isso mesmo, filho de Português que casou com Brasileiro e não foi casado regularmente no papel, tem que ter como DECLARANTE no registro de nascimento o Português (somente para maior de 21 anos). Como é comum (pelo menos no Brasil), em quanto estava no quarto com minha mãe(ainda em recuperação) gozando dos meus primeiros momentos de vida, meu pai (parte Brasileira), foi ao cartório me registrar e foi assim o "DECLARANTE" em minha certidão de nascimento. Graças a esse rolo descrito aí em cima. Eu, filho de Português, acostumado a comer bacalhau e dançar fado desde que nasci, não tinha direito a tal cidadania!
Depois de alguma pesquisa junto a órgãos competentes descobri que sim, é assim mesmo. Quem estiver nessa situação não terá cidadania se não cuidar disto enquanto menor de idade.
Felizmente no meu caso houve uma brecha. No ano de 1983, ano de meu nascimento. Estava em vigor o CÓDIGO CIVIL DE 1979 em Portugal, onde permitia a atribuição de cidadania Portuguesa a estrangeiros maiores de vinte e um anos como na situação acima , desde que o bebê fosse registrado com menos de um ano de idade (o que acabou sendo o desfecho do meu caso). Apesar de hoje a lei ter mudado(hoje não adianta, o declarante tem que ser Português), eu tive DIREITO ADQUIRIDO. Afinal, em 83 era assim que funcionava e que eu saiba o CÓDIGO CIVIL só mudou em 1985. Hoje estou com o passaporte Português em mãos e irei viajar em breve!

Atenção: brasileiro vem dando golpe em comunidades do Orkut


Um cara com o nome de Jhony está agindo nas comunidades do Orkut oferecendo supostamente empregos de cleaner(faxineiro) em lojas como a New Look em Oxford Street.
Na garantia da pessoa conseguir o tal trampo ele pede por 80 pounds, sendo que 50 no momento do contato pessoalmente e depois simplesmente some e não atende mais as ligações...
O telefone é 07944400381.


O perfil do Orkut do embromador de brasileiros é o que está na foto desta postagem. Brasileiros em Londres, muito cuidado com quem pede dinheiro por vaga ou quem vende emprego. Em 99,9999% das vezes, é golpe.

Dicas essenciais para não passar apuros na chegada a Londres

Esse é um texto de domínio público, chamado "Entrada sem bandeiras". Confesso que não sei quem é o autor, mas o achei extremamennte interessante, e o reproduzo fielmente, da maneira que o encontrei.

O que você precisa saber para não ser barrado no baile

SE VOCÊ DESEMBARCAR DISTRAÍDO no aeroporto ou chegar por terra sem conhecer os requisitos dos oficiais da Imigração, estará correndo o risco de ser mandado de volta ao Brasil sem sequer chegar a ver o Big Ben. É na chegada que o visitante ou estudante é avaliado e a decisão do oficial da imigração que o entrevista no aeroporto prevalece sobre qualquer visto que você tenha obtido anteriormente. Os oficiais da imigração podem revistar malas, traduzir cartas, verificar computadores portáteis e documentos.
No ano passado chegaram até a tirar raio-x do aparelho digestivo de alguns brasileiros para verificarem se havia drogas no organismo. Mas o importante é estar atento e não paranóico, pois a grande maioria dos estudantes e turistas brasileiros que vêm ao Reino Unido ainda não encontra problemas para entrar.
No entanto, os que são rejeitados perdem o dinheiro que pagaram pela passagem, que não é reembolsado, e ser barrado é uma experiência bastante traumatizante. Seguindo as recomendações abaixo você pode minimizar as chances de passar por ela:

- PASSAGEM DE VOLTA
É a prova de que você pretende retornar e você deve estar sempre pronto a apresentá-la. Observe para quando seu retorno está marcado, pois muitas vezes eles perguntam quando você pretende voltar e se a sua resposta não condiz com a data da passagem, você terá que esclarecer a divergência e dar todos os detalhes da sua trajetória. Ainda há agências no Brasil que quando vendem uma passagem com retorno aberto, marcam uma data de volta fictícia por exigência da companhia aérea.
Por distração, muitos brasileiros disseram que voltariam antes ou depois daquela data por saber que a passagem poderia ser mudada e, não conseguindo convencer as autoridades de que o retorno estava em aberto, acabaram não sendo aceitos.

- DINHEIRO
É essencial ter dinheiro suficiente para se manter durante a sua estadia sem ter que trabalhar. Nunca diga que vai ficar mais tempo do que o seu dinheiro possa cobrir, a menos que você possa provar que irá receber ordens de pagamento do Brasil. Se não tiver como provar, é bem provável que será rejeitado, já que o método deles é "if in doubt, keep them out". Espera-se que um turista tenha US$75 para cada dia que pretenda ficar no Reino Unido.

- BAGAGEM
Nunca traga nada de terceiros sem saber o que é, incluindo bilhetes e cartas. Quando decidem checar a sua bagagem, eles investigam tudo e às vezes até traduzem cartas pessoais. Qualquer menção a trabalho ou cursos (se você não disse que pretendia estudar) levantará suspeitas. No caso de drogas, a situação é mais grave. Caso encontrem drogas na sua bagagem, você vai tomar chá de canequinha por um bom tempo. Mesmo que seu vôo esteja apenas fazendo escala em Londres, o julgamento é na Inglaterra e se for condenado, a pena (de 6 a 12 anos) é cumprida em penitenciária britânica.

- ENTREVISTA
O fato de ter preenchido as condições acima ainda não garante a sua admissão. O oficial de imigração pode querer saber os motivos de sua viagem e ainda existe a possibilidade de rejeitá-lo apenas por achar que o seu comportamento não é conveniente para o país. Não existe um padrão para essa avaliação: um anúncio publicado no jornal britânico The Guardian recrutando oficiais de imigração para o Aeroporto de Heathrow explicava que o cargo requer "decisões rápidas, justas e baseadas no seu conhecimento e experiência".
Se o oficial suspeitar, mesmo não tendo provas, ele tem autonomia para barrá-lo. No ano passado, por exemplo, um grupo de 72 brasileiros veio à Inglaterra para um festival em homenagem aos Beatles. Os oficiais decidiram entrevistá-los sobre os Beatles e seis brasileiros foram repatriados porque não souberam responder algumas perguntas. Um deles não soube dizer o nome da viúva de John Lennon e o oficial da Imigração não acreditou na possibilidade de alguém viajar para um festival sobre os Beatles e não saber quem é Yoko Ono. Os outros cinco voltaram para o Brasil por não saberem dizer quais integrantes do Beatles ainda estavam vivos ou por não terem sido capazes de citar as músicas da banda que eles conheciam.
O episódio deixa claro que contradições e indecisões sempre levantam suspeitas. Se você não sabe exatamente quanto tempo precisa, seja pragmático: é mais seguro pedir pouco tempo e mais tarde requerer uma extensão de visto caso você decida fazer um curso mais longo. Ao contrário dos oficiais do aeroporto, os funcionários do Home Office (Ministério do Interior) têm que justificar suas decisões (leia a seção Extensão de Vistos) e não lidam com o seu caso de maneira arbitrária.
Outra pergunta comum é sobre as suas atividades no Brasil e eles esperam que elas sejam relacionadas à sua viagem. Se, por exemplo, você é estudante no Brasil e está viajando fora do período de férias escolares, eles vão querer saber por que. Antes de dizer que tem conhecidos na Inglaterra, esteja certo de que eles saibam da sua vinda, pois eles podem ser contatados para confirmar suas intenções. Ter amigos ou parentes no Reino Unido nem sempre ajuda. Muitos oficiais suspeitam de que se você tem contatos com residentes aqui, você veio para ficar e vão fazer várias perguntas sobre essa pessoa. Caso alguém vá esperá-lo no aeroporto, eles podem chamar essa pessoa para confirmar o que você disse antes de carimbarem o visto no seu passaporte. Se você disser que não conhece ninguém e tiver alguém à sua espera é bem provável que eles não o deixem entrar. Já aconteceu de um oficial da imigração chamar o nome de um recém-chegado pelos falantes do aeroporto para ver se havia alguém esperando. A pessoa foi ao guichê da imigração, o turista tinha dito que não conhecia ninguém e foi mandado de volta.

- ESCOLA:
Se você pretende estudar, é necessário comprovar que além de ter pago pelo curso, você tem como se manter durante a sua estadia. Embora os estudantes possam trabalhar até 20 horas por semana, os oficiais da Imigração esperam que você não conte com um emprego de meio período para se manter. Na prática, esse emprego seria um extra e não uma fonte de renda para pagar por transporte, acomodação e outras necessidades básicas. Alguns brasileiros tiveram problemas em 2003 por terem deixado implícito que dependeriam desse emprego para se manter. Se você não tem muito dinheiro mas seus pais o ajudarão no decorrer do curso, esteja preparado para esclarecer como o dinheiro será enviado. Um outro problema que alguns brasileiros tiveram no ano passado foi com matrículas em escolas muito baratas, não reconhecidas pelo British Council ou organizações do gênero. Veja bem, não há nenhuma recomendação oficial para que o estudante se matricule numa escola reconhecida, mas você tem que estudar 15 horas por semana, em horário diurno, numa escola legítima, ou seja, que ofereça cursos de qualidade e controle a freqüência dos alunos. As escolas reconhecidas pelo British Council, BAC, ABLS (the Assocation of British Language Schools), ARELS (Association of Recognised English Language Services) ou BASELT (the British Associaton of State English Language Teaching), são vistas com bons olhos. Em 2004, a incidência de estudantes brasileiros que foram sujeitos a um longo questionamento na chegada foi muito maior entre os alunos matriculados em escolas não reconhecidas por nenhuma das organizações acima citadas.
Alguns brasileiros simplesmente convertem o valor de um curso em libras para reais e não notam que o preço, para os padrões britânicos, está muito abaixo da média. Lembre-se: na teoria, o Departamento de Imigração não estabeleceu nenhuma regra de que as escolas têm que ser reconhecidas, mas na prática

- ENTRY CLEARANCE: Os brasileiros recebem o visto ao chegar no Reino Unido mas é possível pedir uma "entry clearance" (permissão de entrada) no Consulado Britânico (veja a lista de endereços úteis na página 30) antes de sair do Brasil, preenchendo o formulário VAF1.
Mesmo estando matriculado em um curso, você pode não receber o visto de estudante ao chegar, mas sim de turista, e com esse visto não é possível trabalhar nem meio período. Pedindo o Entry Clearance no Brasil, é mais fácil persuadir o Entry Clearance Officer (funcionário do Consulado Britânico que avalia o seu pedido) a conceder o visto de estudante do que um oficial da imigração no aeroporto. Outra vantagem é que desde 13 de novembro de 2003, os oficiais da Imigração só dão vistos de no máximo seis meses, mesmo para estudantes matriculados em cursos de um ano ou mais. Isso significa que mesmo conseguindo o visto de estudante, você terá que renová-lo dentro de seis meses e a taxa para a extensão do visto é £250.
Já a taxa para requerer a entry clearance é de £36 e se você não conseguir um visto com permissão para trabalhar meio período, você pode pedir para alterá-lo sem ter que pagar mais nada. Caso venha acompanhado de esposa ou filhos, você pode preencher apenas um formulário mas pagar £36 por cada pessoa (por exemplo, marido, mulher e filho = £108). Mas se vier sem a entry clearance e ganhar um visto de turista no aeroporto, não será possível pedir o visto de para estudar inglês mais tarde. Turistas só podem permanecer no Reino Unido por seis meses.
A desvantagem de pedir a entry clearance é que o requerimento deve ser feito com uma certa antecedência e você precisa se informar quanto tempo levaria para o pedido ser aprovado. Existe também a possibilidade de decidirem entrevistá-lo, o que pode tornar o processo ainda mais demorado, e além dos documentos acima (passagem e evidência de que tem como se manter), você talvez tenha que apresentar comprovante de renda e outros documentos se for requisitado.
Quando a sua "entry clearance" é aprovada, eles colam uma etiqueta no seu passaporte e é recomendável que você verifique se realmente colocaram "student" e não "visitor" (turista). Observe também que você não pode viajar antes da data que consta na etiqueta e cheque se ela cobre o período necessário, verificando se a "expire date" coincide com o término do seu curso. Essa mesma etiqueta especificará se você deve ou não se registrar na Polícia quando chegar. Se houver qualquer erro você pode pedir ao Entry Clearance Officer que faça as devidas correções.

- APARÊNCIA:
Na teoria, a aparência não deveria ser um quesito para a sua admissão no país. Na prática, ela conta tanto que um ex-oficial da imigração britânica até escreveu um livro sobre o assunto. O inglês Tony Saint escreveu um "romance" chamado Refusal Shoes, que tem como protagonista um funcionário da imigração que não gosta da função que exerce no aeroporto. Depois de passar três anos controlando a entrada de estrangeiros no terminal três do Aeroporto de Heathrow e sete anos no terminal ferroviário do Eurotunnel em Waterloo, Saint garante que seu livro é pura ficção, mas numa entrevista concedida à revista Trip, ele admitiu que algumas histórias relatadas no livro realmente aconteceram com ele, ou ele viu acontecer. E confirma o que muitos estrangeiros descobriram arduamente: você pode ter sua entrada negada no país se estiver usando algo nos pés que não seja considerado de bom gosto, como mocassins envernizados, ou vestindo uma roupa que não combine com o que está dizendo sobre a sua vida ou o motivo da sua viagem.
Como Henry, o personagem principal e narrador da história, Saint disse ao repórter da Trip que em certas circunstâncias se sentia muito mal em relação ao que estava fazendo: "Nunca foi o tipo de trabalho que eu gostei de fazer, mas conheci, sim, certas pessoas que sentiam verdadeiro prazer no que estavam fazendo". Perguntado quantas entradas recusou em dez anos de trabalho, ele diz que recusava entre 20 e 25 por ano, mas que alguns colegas de trabalho recusavam essa média de pessoas por semana e chegavam a competir para ver quem mandava mais estrangeiros de volta ao país de origem.
Um outro ex-oficial da Imigração, Mark Watson, entrevistado por Leros em 1995, disse que se sentia aliviado por ter mudado de profissão: "Se existe uma coisa de que eu me arrependo é de um dia ter sido oficial de Imigração, um emprego onde você tem que ser racista, machista e homofóbico".
Não existe regra para ser aceito no Reino Unido, tudo depende do julgamento pessoal de cada agente e ele tem que acreditar se é verdade ou não a história que a pessoa está contando, como Tony Saint deixou claro na entrevista à revista Trip: "Por exemplo, você, sendo do Brasil, não precisa de visto para entrar aqui, mas tem de satisfazer o agente da imigração quando chega. O caso é que tem muito brasileiro que vem para cá sem nunca ter viajado para o exterior, chega sem falar uma palavra de inglês e diz que está vindo para passar três dias em Londres! Claro que esse vai ficar um tempão na imigração e dificilmente vai conseguir dar uma boa razão para estar vindo para Londres".
Saint diz que ao usar um par de calçados como os que aparecem na capa do seu livro você estará "procurando problemas" (daí o título Refusal Shoes). O que conta é a primeira impressão e não é só a roupa que você está usando que é analisada. De acordo com Saint, eles observam também o modo como você anda e se está nervoso: "Dá para olhar para um cara de terno e dizer que ele, naturalmente, não usaria aquilo, que é só uma roupa para impressionar. Se um homem diz que está vindo passar férias e está de terno, vai ter problemas... Ora, se está de férias, por que o terno?".

RESUMINDO: Embora 90% dos brasileiros obtenha o visto de seis meses sem problemas, a decisão final é sempre do funcionário da Imigração, que pode simplesmente se basear nos termos do Acordo sobre Isenção de Vistos que o Brasil e o Reino Unido firmaram em 2 de julho de 1998, por meio de troca de notas:
"As autoridades competentes da República Federativa do Brasil e do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte reservam-se o direito de negar entrada ou permanência em seus territórios nos casos em que o requerente for considerado indesejável ou inaceitável, no que diz respeito à política adotada pelos respectivos Governos quanto aos procedimentos de entrada ou permanência de estrangeiros."

ACOMODAÇÃO

A MELHOR ACOMODAÇÃO é aquela que você descobre através de alguém que está indo embora ou vai se mudar.
Se você não sabe de ninguém que esteja de saída, a revista Leros todo mês publica anúncios de quartos para alugar, geralmente colocados por outros brasileiros que querem dividir as despesas do aluguel ou por ingleses que tiveram boas experiências com inquilinos brasileiros no passado.
Mas esses quartos muitas vezes são alugados rapidamente e se você tem acesso à Internet, é melhor consultar esse site, que é atualizado quinzenalmente (para encontrar os anúncios clique na seção Páginas Verdes & Amarelas). Uma outra opção é a revista TNT, que também é grátis e traz bastante anúncios (sai às segundas feiras e fica em frente às estações de metrô no centro). O jornal Loot também traz uma infinidade de classificados diariamente e a revista Time Out (£2.35), que sai às quartas-feiras, traz anúncios para quem gosta de viver com mais conforto.
Antes de alugar, é importante saber se o aluguel inclui ou não a Council Tax. Na Inglaterra quem paga a taxa para a manutenção dos serviços públicos (polícia, coleta de lixo, etc.), é o inquilino e não o proprietário. A maioria das pessoas que aluga quartos para estrangeiros já cobram um pouco mais para cobrir o custo desta taxa. O mesmo não se aplica ao aluguel de casas ou apartamentos. Em todo o caso, informe-se antes para não ser surpreendido por uma conta extra de £50 a £85 por mês. O valor varia conforme a Administração Regional (Council) do bairro. Estudantes são isentos de pagar a Council Tax, mas turistas não.
A responsabilidade pela manutenção da casa alugada é do proprietário, portanto qualquer problema de encanamento, eletricidade, etc. deve ser pago por ele. Se a propriedade requer reparos e o proprietário é negligente, o inquilino pode fazer os reparos e debitar o custo do aluguel mas antes deve comunicar o proprietário por escrito e estipular um prazo para que o reparo seja feito. Esta lei é um pouco complexa e caso o problema seja sério, é recomendável visitar o Citizens Advice Bureau (posto de informações) do bairro para saber os seus direitos. Quando o inquilino danifica a propriedade o valor do estrago normalmente é descontado do depósito. É comum a exigência de um mês do valor do aluguel como depósito quando a casa é alugada. Esse dinheiro deve ser devolvido com juros quando vencer o contrato do aluguel. Os contratos de aluguel normalmente são feitos por seis meses e podem ser renovados. Os aluguéis de quartos são mais flexíveis e normalmente é feito um acordo para estipular o aviso prévio. Muitos anúncios trazem os códigos postais em vez de mencionar o bairro. O código é a abreviação da região:
NW = North West (Noroeste).
N = North (Norte).
S = South (Sul).
SW = South West (Sudoeste).
SE = South East (Sudeste).
E = East (Leste).
W = West (Oeste).
WC = Centre (Centro).
Não existe código postal para o Nordeste de Londres, que é designado como Norte (N) ou Este (E). O código postal revela também o status de determinadas partes de Londres: NW3 é o código de Hampstead, a área dos abonados. N1 significa Islington, região dos profissionais liberais e leitores do jornal The Independent. SW3 quer dizer Chelsea - área dos yuppies e socialites, provavelmente cara demais para quem está começando.
W2 é Bayswater, vulgo "Brazilwater", meca dos brasileiros, e portanto não recomendável para quem está a fim de aprender inglês. Bayswater fica perto do Hyde Park e o aluguel é bem caro.
W1 é o West End, área central da cidade (apesar do nome, não tem nada a ver com o oeste), onde fica a maior parte dos teatros e cinemas, que abrange também o Soho, com uma população bem diversificada, abrigando a área gay da cidade (Old Compton Street). SW4, SW2 e SW9 correspondem a Clapham e Brixton, o bairro negro que costumava ser barato por ser considerado um tanto violento pelos ingleses, mas que começou a ficar badalado nos últimos anos com uma vida noturna mais agitada, o que fez com que os preços dos aluguéis também subissem.
O leste de Londres (código postal E) é a área mais barata da cidade.
Ingleses do Norte e do Sul de Londres não se entrosam (o Tâmisa é uma barreira social e cultural e muitos evitam atravessar o rio). Quem mora acima do Rio Tâmisa, mesmo que seja numa área denominada com o código SW, se considera do Norte. Os moradores do norte geralmente esnobam quem mora no Sul e quem mora no oeste também se considera no Norte.
W11 é Notting Hill Gate, perto de Portobello Market, e W12 é Shepherd's Bush (pronuncia-se "bush" mesmo e não "bãsh", como fazem muitos brasileiros).
Os códigos de número 13 em diante são sinônimos de marasmo, lugares onde muitas pessoas não gostam nem de abrir a janela e portanto recomendáveis para quem prefere um ambiente tranqüilo.
Esteja preparado para pagar entre £60 e £100 por semana por um quarto de solteiro e desembolsar quatro semanas adiantadas, além de pagar quatro semanas de depósito.
BEDSIT: Quarto para uma ou mais pessoas, geralmente com pia e fogão, mas o banheiro é dividido.

STUDIO FLAT conjugado): Quarto, com cozinha e banheiro próprios.

SELF-CONTAINED um flat com um ou mais quartos, cozinha, banheiro e só a entrada é dividida.

PIED-A-TERRE: Um eufemismo para studios ou flats extremamente pequenos. Quando um anúncio diz que se trata de um pied-a-terre "ideal", significa que é ideal para quem não pára em casa e deve ser evitado por quem tem claustrofobia.

TRANSPORTE

Comprando um PASSE DE TRANSPORTE (Travelcard) você tem direito a viajar quantas vezes quiser tanto de ônibus como de metrô, o que sai muito mais barato do que comprar bilhetes individuais.
Assim que chegar no Aeroporto você já pode começar economizando se comprar o One Day Travelcard. Heathrow fica na zona 6 e uma viagem do aeroporto ao centro de Londres custa £3.80. Com o One Day Travelcard que inclui a zona 6, você paga £5.40 e tem direito a viajar quantas vezes quiser o dia inteiro.
O metrô leva cerca de 50 minutos para chegar ao centro de Londres, mas é possível chegar em 15 minutos com o Heathrow Express, o trem que vai direto e sai a cada 15 minutos. A passagem custa £13 até a estação de Paddington.
Um bilhete de metrô custa £2 (Zona 1) mas um carnê com 10 bilhetes custa £15.
O One Day Travelcard para as zonas 1 e 2 custa £4.30. A única restrição é que só é válido a partir das 9h30 da manhã durante a semana (custa £6.30 para ser usado em qualquer horário).
Se você for buscar um amigo no aeroporto, verifique se não vale a pena comprar o One Day Travelcard para todas as zonas, que pode custar mais barato do que a tarifa extra que você paga quando sai da área permitida pelo seu passe tanto na ida como na volta.
Depois que estiver instalado, comprando o passe semanal - Weekly Travelcard - você economiza ainda mais, podendo viajar por sete dias em qualquer horário, tanto no metrô como nos ônibus (incluindo os noturnos). O preço deste passe é £17 (Zona 1), £20.20 (zonas 1 e 2) ou £38.30 (todas as zonas). Existem travelcards também para 3 ou 4 zonas e para fazer o primeiro Weekly Travelcard é necessária uma foto 3x4 para a emissão da carteirinha.
Comprando um Oyster Card, você pode pagar um pouco menos por passagens avulsas ou optar por um passe mensal - Monthly Travelcard que custa menos do que você pagaria por quatro passes semanais (£77.60, zonas 1 e 2, £147.10, todas as zonas) e ainda ganha dois dias extras de validade.
Outra vantagem é que você pode requerer a segunda via caso perca o travelcard mensal, o que não acontece com o semanal (a menos que você compre o semanal com Oyster Card).
É também possível comprar bilhetes e passes somente para ônibus. Eles são bem mais baratos do que os passes válidos também no metrô. No entanto, o tráfego em Londres é um tanto caótico e a freqüência dos ônibus deixa a desejar. Ao introduzir o pedágio no centro de Londres em 2003, a Prefeitura prometeu investir a renda no aumento de ônibus em circulação e conforme o progresso, talvez valha a pena, por exemplo, comprar um passe diário (bus pass) por £2.50 ou um carnê com seis passes de ônibus por £4.20 (bus saver). O transporte público encerra por volta da meia-noite mas há ônibus noturnos que saem de Trafalgar Square e circulam a noite toda, com uma freqüência de 30 a 60 minutos conforme a linha. Para saber como chegar a determinado local de ônibus ou de metrô ou checar horários, ligue para 020 7222 1234 ou visite o site www.tfl.gov.uk.

CARTEIRA DE MOTORISTA
A lei não obriga que o motorista carregue os documentos do carro mas quando a polícia pára um veículo e pede os documentos do motorista, ele tem sete dias para apresentá-los na delegacia. A carteira de habilitação brasileira pode ser usada no Reino Unido por um ano, a partir da data da sua chegada. Alguns brasileiros desperdiçam dinheiro tirando a carteira de motorista internacional, que não faz a menor diferença para as autoridades britânicas (mesmo sendo escrita em português, a brasileira é válida por um ano da mesma forma).
Depois de um ano você só pode dirigir com a carteira britânica. Para adquiri-la você deve antes pagar uma taxa no correio para obter a Provisional Driving Licence. Com a provisional, você pode dirigir ao lado de um motorista portador da carteira britânica por no mínimo três anos: basta colocar o símbolo "L" (abreviação de "learner", aluno) na frente e atrás do carro. Não é necessário recorrer a nenhuma auto-escola para fazer o teste. Estude o Highway Code para fazer o exame escrito e depois de aprovado você pode então se inscrever para o exame prático, que consiste em dar uma volta com o examinador sem cometer nenhuma infração. Eles dão muito mais ênfase à segurança do que, por exemplo, à habilidade de estacionar o carro. É imprescindível checar o espelho retrovisor antes de dar a seta, usar o breque de mão no sinal fechado e parar o carro na posição correta em cruzamentos. Os preços e telefones de contato para se inscrever nos exames encontram-se no formulário da Provisional Driving Licence.


SEGURO
Dirigir sem seguro é estritamente ilegal e na Inglaterra o seguro pertence ao motorista e não ao veículo. Portanto você não pode dirigir o carro de um amigo se você não tiver seguro e vice-versa, a menos que ele tenha incluído o seu nome na apólice dele. As seguradoras são bastante flexíveis e você pode fazer o seguro pelo prazo que julgar necessário.
Certifique-se de que a informação que você fornece à seguradora está correta, pois as mesmas empresas que não checam nada na hora de vender o seguro, vão verificar todos os detalhes fornecidos se você cometer um acidente. Qualquer imprecisão, como não mencionar que você não é portador da carteira britânica, por exemplo, pode implicar no cancelamento do seguro.

MOT
É um certificado fornecido por um mecânico autorizado, atestando que o carro foi inspecionado e está em conformidade com as normas de segurança. Deve ser renovado todo ano e dirigir sem ele é ilegal. Mesmo que você não for abordado pela polícia, se o motorista se envolver em algum acidente e o MOT do carro não for válido, a seguradora irá com certeza usar esse deslize para não pagá-lo. Não é necessário carregar os documentos (MOT, Carteira de Motorista e Seguro) no carro, mas se você for parado pela polícia, deverá apresentá-los na delegacia mais próxima da sua casa num prazo de sete dias.

ROAD TAX
É a taxa que o proprietário do veículo deve pagar e se você circular sem o "tax disc" (que deve ser mantido na frente do carro), será abordado pela polícia. Os preços variam de £110 (veículos até 1549cc) a £165 (acima de 1549cc) por ano, ou £60.50 e £90.75 por seis meses, conforme o tamanho do motor e a emissão de gás carbônico do carro. Para obter o "tax disc" do carro, basta ir à agência do Correio com o documento de registro do veículo, certificado da seguradora e certificado de MOT.

ESTACIONAMENTO / MULTAS
É PROIBIDO ESTACIONAR na faixa dupla e quando a faixa amarela paralela à calçada não é dupla, o estacionamento só é permitido em determinados horários. Portanto é necessário checar o horário que restringe o estacionamento (geralmente há uma placa pregada em um poste). Se você for multado por ter estacionado numa faixa que não é visível (muitas estão extremamente desbotadas) esse é um dos argumentos mais valiosos para contestar a multa. Se não cancelar a multa, a Administração Regional (Council), deverá enviar ao motorista instruções para recorrer ao Parking Appeals Service, órgão independente com poder de decisão nesse tipo de contestação. Se o Council decidir se defender, o Parking Appeals Service normalmente marca uma audiência com o motorista e um representante do Council, mas em muitos casos, o Council não apresenta defesa e a multa é cancelada nesse estágio.
Por isso vale a pena checar se a faixa era ou não nítida e se o veículo ficou estacionado por um período maior que o permitido. É importante estar também atento às áreas marcadas com linhas brancas, que são reservadas aos residentes locais (é preciso expor o cartão de residente na frente do carro) ou que permitem o estacionamento por até duas horas desde que o motorista compre um ticket proporcional ao tempo em que pretende estacionar.
As máquinas que emitem os tickets ficam normalmente na calçada e em muitos bairros existem relógios para o motorista inserir as moedas. Se o carro permanecer estacionado por mais tempo do que estiver designado no ticket ou no relógio controlador, o motorista recebe uma multa de £30 a £50 conforme a área e se não pagar em 14 dias, o valor da multa é dobrado.

ÁLCOOL
A polícia pode também fazer um teste com o bafômetro para checar se o motorista está alcoolizado.Se o álcool passar do limite permitido, o motorista é preso por um dia e processado. Há sempre um advogado de plantão na delegacia, mas nem sempre os policiais informam o motorista de que ele pode consultá-lo.

PEDÁGIO EM LONDRES (Congestion Charge)
Para dirigir no centro de Londres das 7h às 18:30h em dias úteis é necessário pagar um pedágio de £5 por dia. Para efeito de pedágio, considera-se o centro de Londres a área compreendida entre Marylebone Road, Euston Road, Pentonville Road, City Road, Great Eastern Street, Commercial Street, Tower Bridge Road, New Kent Road, Kennington Lane, Vauxhall Bridge Road, Grosvenor Place, Park Lane e Edgware Road. Se o pedágio não for pago até as 22h, o valor sobe para £10. Se não pagar até a meia-noite o motorista será multado. O pedágio deve ser pago em qualquer agência do correio no centro, em alguns postos de gasolina, ou pela Internet: www.cclondon.com. Assim que o pedágio é pago, a placa do veículo é colocada no sistema. Os motoristas dos carros que forem registrados pelas câmeras na área central e não tiverem a placa no sistema levam uma multa de £40. Se não for paga em duas semanas, a multa sobe para £80 e depois de quatro semanas aumenta para £120.
O pedágio diário permite que o motorista entre e saia do centro várias vezes durante o dia e as motocicletas são isentas do pedágio. Lembre-se de que o tráfego é pela esquerda e dirija com cuidado.
De leve que é na contramão!

LONDRES PARA TODOS OS BOLSOS

HÁ VÁRIOS GUIAS especializados em Londres (Time Out, Rough Guide, etc.) e a jornalista Helena Carone lançou o livro Por Dentro de Londres (Topbooks), um guia em português repleto de informações interessantes, que inclui desde os pontos turísticos convencionais aos eventos mais alternativos da cidade. A revista Time Out (£2.35) é publicada semanalmente e cobre a programação cultural da cidade, assim como o suplemento Hot Tickets, que vem gratuitamente com o jornal Evening Standard (45p) às quintas-feiras.
Como cobrir a vida cultural londrina renderia mais um livro, segue abaixo uma breve seleção dos lugares principais, que mesmo sendo grátis não deixam a desejar a lugares que cobram entrada.
MUSEUS E GALERIAS
· Tate Modern
Bankside, SE1. Metrô Southwark ou Blackfriars Tel. 020 7887 8000. www.tate.org.uk.
Entrada grátis. Aberta diariamente das 10h às 18h (sextas e sábados até às 22h).
A nova Tate, inaugurada no ano 2000, tem uma coleção de arte contemporânea imperdível num espaço cultural impressionante e só a harmonia da arquitetura e o interior do prédio já justificam uma visita. Vale a pena reservar um dia inteiro para explorar a diversidade do acervo da Tate, dividido em quatro grupos (Paisagens, Nudez, História e Natureza-morta).
Quem tiver fôlego pode ainda comprar um ingresso para visitar o Turbine Hall e a exposição do quarto andar (a entrada varia de £3 a £8 conforme a mostra).
· Tate Britain
Millbank, SW1, metrô Pimlico, tel. 020 7887 8000. Aberta diariamente, das 10h às 17h45.
Arte britânica do século 16 em diante, com obras divididas em séries como 'Artistas e Modelos', 'Literatura e Fantasia', etc.
· National Gallery
Trafalgar Square, WC2, tel. 020 7839 3321.
Aberta diariamente das 10h às 18h (às quartas-feiras fecha às 21h). Entrada grátis.
Maior coleção de pinturas da Inglaterra, com cerca de dois mil quadros dos grandes mestres do séc. 13 ao 16 (Piero della Francesca, Raphael, Titian, Veronese, Rembrandt, Velásquez, impressionistas, etc.). Ao lado encontra-se a National Portrait Gallery, com exposições de fotos, pinturas e esculturas de membros da família real e figuras mais contemporâneas.
· Museu Britânico
Great Russel Square, WC1, tel. 7636 1555/ 323 8599. Metrô: Tottenham Court Road. Diariamente das 10h às 17:30h (quintas e sextas das 10h às 20:30h). Uma infinidade de atrações que justificam mais de uma visita para explorar esse prédio neoclássico, onde se encontram múmias egípcias, tesouros roubados de países do mundo todo, uma vasta biblioteca e a sala de leitura onde Marx estudava.
· Photographers' Gallery
5 Great Newport Street WC2, Leicester Square. Tel: 020 7831 1772. Espaço exclusivamente dedicado a reportagens sociais, manipulação de imagens e fotografia contemporânea.
· Barbican Centre
Silk Street, EC1, metrô Barbican.
Telefone: 020 7638 4141
Concertos de música clássica e de jazz gratuitos no foyer, exposições, cinema e teatro. · South Bank Centre
Waterloo/Embankment, SE1
Telefone: 020 7928 2252
No foyer do Royal Festival Hall há concertos de jazz toda sexta-feira no horário do almoço, além de exposições de fotos e arte contemporânea.

MERCADOS
Portobello começa às sextas-feiras mas é no sábado que o mercado apresenta uma variedade maior de roupas exclusivas feitas por novos designers, e barganhas de segunda mão, entre quinquilharias para casa e antiguidades.
· Portobello Market, Portobello Road, W10 metrô Ladbroke Grove, às sextas e sábados.
Camden: o chique e o kitsch se confundem no mercado, mas Camden continua atraindo pessoas de todas as tribos e ainda é o melhor lugar para encontrar desde modelitos diferentes ou chapéus confeccionados artesanalmente até roupas futuristas para transitar pelos nightclubs, portanto é uma parada obrigatória.
· Camden Town, NW1, sábados e domingos.
SpitaLfields: O mercado é coberto e mesmo com chuva atrai um público bem diversificado, que inclui vegetarianos em busca de comida orgânica e abriga artesãos e designers criativos.
· Spitalfields, E1, metrô Liverpool Street, domingos, das 11h às 15h.

VIDA NOTURNA

PARA UM ESTRANGEIRO é difícil entender por que uma das maiores capitais do mundo mantém leis arcaicas como o fechamento dos pubs às 11h da noite. Depois das 23h os bares são proibidos de vender álcool e mesmo os restaurantes que ficam abertos até mais tarde só têm licença para vender bebidas alcoólicas para quem estiver jantando. Mas isso não quer dizer que você tenha que ir para casa depois das onze. O universo escuro e privado dos nightclubs começa a aflorar por volta da meia-noite e embora grande parte desses clubs só tenha licença para vender álcool até as 2h da manhã, muitos continuam abertos até o amanhecer.

Nightclubs
Um dos clubes mais agitados de Londres é o Ministry of Sound (103 Gaunt Street SE1, tel. 020 7740 8600). A entrada é cara (£12 a £15, conforme a noite), a fila é imensa, os seguranças são grossos, mas o Ministry atrai uma multidão incansável que lota as quatro pistas de dança.
O Fabric (77A, Charterhouse Street, EC1, tel. 020 7336 0444, £12 a £15) também é bastante badalado, com duas pistas de dança que alternam house music e drum & bass. A diversidade dos nightclubs londrinos é imensa e o estilo das noites varia conforme o promotor, ou seja, o mesmo club pode promover uma noite para hippies na quinta-feira e outra para gays no sábado. Existem diversas noites brasileiras em Londres e embora a programação mude com freqüência os nightclubs anunciam as novidades todo mês na revista Leros.

Fim de noite
APESAR DE NÃO VENDER álcool, o Bar Itália (Frith Street, W1) fica aberto a noite inteira e ali rola muito cappuccino e muita conversa entre motoqueiros, mulheres embriagadas, gays e outros boêmios.
O que eles têm em comum? Ninguém quer encarar a solidão de voltar para casa e como estão altos, ficam mais ousados para suprir as carências noturnas. Não existe fórmula para iniciar uma conversa. O diálogo pode surgir de um simples esbarrão entre duas pessoas: se você se desculpar e ao ouvir o seu sotaque alguém perguntar de onde você é, o sinal está verde para um diálogo, que pode ou não render muito mais entre um gole e outro de caffelatte.
Mas não se desaponte se depois de horas de flerte, vocês não passarem da troca de telefones. Os ingleses não são de fechar o cerco no primeiro contato e tudo pode ficar para uma outra vez.
Quem sabe se você seguir o conselho da sexóloga Betty Dodson a sorte não muda?
Em seu livro, Sex For One, ela diz que o primeiro passo para uma grande noitada é se masturbar antes de sair de casa: "Assim você coloca a sua energia sexual em funcionamento, ela começa a fluir e você passa a emanar uma vibração sexual."
Dodson considera um equívoco restringir a masturbação à adolescência, pois é preciso você se amar para que os outros façam o mesmo: "Se você não tem um orgasmo há algum tempo, sua vibração fica morta, e então você passa a emitir sinais de desespero. Ir para a cama com alguém que não tem um orgasmo há um bom tempo é como jantar com uma pessoa morrendo de fome. A fome demasiada acaba com o prazer da comida. A masturbação não interfere em nada no romantismo. Pelo contrário: é a celebração do amor próprio."

Drogas
O USO DE drogas no Reino Unido é proibido, mas no caso da maconha, as autoridades são um pouco mais liberais. No ano passado, o ministro do Interior, David Blunkett, mudou a classificação da maconha, que era considerada uma droga classe B, para classe C. Mas para acalmar os conservadores, o mesmo ministro mudou a lei, permitindo que a polícia prenda usuários de drogas classe C. Ou seja, a maconha agora encontra-se na mesma categoria que certos calmantes e seus usuários deixaram de ser um alvo da polícia. Mesmo assim, quem usar a erva explicitamente corre o risco de ser detido e, conforme a quantidade que portar, pode ainda ser processado.

TRABALHO

SER AUTUADO TRABALHANDO ilegalmente resulta em deportação. Se um turista é flagrado roubando ou dirigindo embriagado, ele vai ser julgado e punido com multa ou prisão, conforme o caso, mas ao ser pego trabalhando sem permissão, ele é deportado e não tem direito a apelar (nem tempo).
O National Insurance Number é o número de inscrição na previdência social e ser portador de um não significa que você tenha permissão de trabalho. Ele serve apenas para o recolhimento das taxas descontadas do seu salário. Se você tem visto de turista, o carimbo no passaporte diz "Employment Prohibited" e se for autuado trabalhando as autoridades agirão energicamente. Estudantes, no entanto, podem ter empregos de meio-período (veja a seção Estudantes). Outra vantagem de ser estudante é que seu salário pode não sofrer o desconto das taxas (quase 30%). Retire o formulário P38S no Tax Office do seu bairro (ligue para 020 7438 6622 para obter o endereço), assine uma declaração de que o seu salário não atingirá o limite de £4.745 por ano (o ano fiscal começa em 6 de abril e termina no dia 5 de abril do ano seguinte) e entregue ao seu empregador.

Profissionais altamente qualificados
Se você tem nível superior, pode comprovar que ganhava £25 mil por ano no Brasil e tem cinco anos de experiência na sua área, pode se candidatar ao Highly Skilled Migrant Programme, um programa que tem como objetivo atrair imigrantes qualificados para o Reino Unido.O critério de seleção encontra-se no site www.workingintheuk.gov.uk/
working_in_the_uk/en/homepage/schemes_and_programmes/hsmp.html

Permissão de trabalho
Se você não tem uma profissão que esteja em falta no Reino Unido, é muito difícil obter a permissão de trabalho sendo estrangeiro, pois é o empregador quem deve entrar com o pedido e o processo é trabalhoso. A empresa tem que provar que você tem uma especialidade que ela não encontrou em outros candidatos. Para tanto, ela deve anunciar o emprego e comprovar que não conseguiu preencher a vaga, por isso precisa contratá-lo. A menos que você tenha alguma forma de expertise, poucos empregadores se darão a esse trabalho. Uma outra opção para quem tem de 18 a 30 anos de idade, seria tentar o Sectors Based Scheme (SBS), também conhecido como Low Skilled Scheme, um projeto que admite 20 mil trabalhadores sem qualificações especiais por ano. Mas quem entra com o pedido também é o empregador e ele vai precisar provar que não foi capaz de encontrar entre os residentes no Reino Unido um candidato interessado em preencher a vaga. O jeito seria colecionar anúncios de oferta de emprego que são publicados continuamente e bater na porta do empregador se oferecendo, um processo não muito prático. Se você der sorte e conseguir convencer uma empresa a pagar a taxa de £74 para pedir a permissão de trabalho, ela só é válida para aquele emprego, ou seja, quando o contrato de trabalho terminar, você volta à condição de estrangeiro sem direito a trabalhar.

Trabalhos alternativos
A rotatividade nos trabalhos listados nesta seção é tanta que quase não há fiscalização.
Manicure/Pedicure: Tipo de trabalho que tem grande demanda, já que quando se trata de cuidar das mãos/pés, muitas pessoas preferem lidar com pessoas da mesma língua, o que torna a atividade mais relaxante. Você pode marcar de ir à casa das pessoas em horários que não coincidam com seus estudos ou compromissos.

MODELO: Você não precisa ter o torso do Rodrigo Santoro ou o corpinho da Gisele para trabalhar como modelo em escolas de arte. Basta estar disposto a posar nu. Alguns professores de Modelo Vivo (Life Drawing) até preferem tipos obesos ou esqueléticos para desenvolverem o potencial de seus estudantes. As aulas duram de duas a quatro horas mas há vários intervalos. O trabalho é cansativo pois você não deve se mover, mas ganha-se em média £7 por hora e é uma boa chance de passar umas horas pensando na vida. A Chelsea School of Art (tel. 020 7514 7750), por exemplo, tem vários cursos de desenho e pintura. Para obter endereços de outras escolas consulte o Floodlight na biblioteca do seu bairro ou adquira uma cópia (£3.50) e procure pela listagem dos cursos de "Life Drawing" ou "Sculpture".

LIMPEZA (Cleaning) / BABY SITTING: O trabalho não é muito excitante mas ganha-se uma média de £7 a £9 por hora para faxina e £4 a £5 para cuidar de crianças. Os anúncios da revista TNT, além de bastante concorridos, são destinados às australianas, portanto espera-se que seu inglês seja fluente. Consulte as vitrines dos News Agents (lojas de jornais e revistas) ou coloque você mesma um anúncio oferecendo seus serviços. Escolha um News Agents em South Kensington, King's Road ou Hampstead para anunciar. Custa mais caro (£1.50 por semana), mas há mais dondocas na área e uma vez que você consiga um emprego, elas podem te recomendar a outras amigas.

DISTRIBUIÇÃO DE REVISTAS: Distribuir revistas na saída do metrô para passageiros que geralmente não as querem é divertido no começo, apesar do frio, mas logo cansa e por isso há bastante rotatividade e novas vagas. Ganha-se £10 por duas horas de trabalho (das 7h45 às 9h45 da manhã). Para se inscrever é necessário contatar o departamento de distribuição (tel. 020 7005 5050, Independent Magazines: Independent House, 191 Marsh Wall, London E14 9RS ). As revistas são distribuídas de segunda a quinta-feira.

DOAÇÃO DE ESPERMA:
Identificar-se como brasileiro ao se informar como doar esperma abre portas.
A fertilidade dos britânicos tem decaído e os hospitais precisam de tipos diferentes de esperma para experimentos e os espermatozóides podem ser usados também por casais inférteis ou mulheres que queiram gerar filhos sem ter uma relação sexual.
O British Fertility Centre (tel. 020 7403 9098) paga £17.50 por cada doação de esperma. Uma nova lei, introduzida no ano passado, estabelece que a criança agora tem o direito de saber quem é o seu pai biológico. Sem garantia de anonimato, é provável que muitos homens não queiram doar seu esperma e a demanda para doadores tende a aumentar.
O doador tem que se comprometer a não ter nenhuma atividade que o faça ejacular (incluindo a masturbação) durante três dias antes de ir à clínica onde o esperma será coletado (eles dispõem de revistas eróticas para que o doador se masturbe numa sala e ejacule num frasco). As duas primeiras doses são analisadas para avaliar a quantidade de espermatozóides do doador e se for satisfatória, eles exigem um período de quatro a seis meses de doação e ficam com £5.50 de cada doação que só são pagos no final deste período, desde que o doador tenha cumprido as normas do acordo até o fim. Ou seja, o doador recebe £12 por ejaculação e no fim do período são pagos os £5.50 retidos de cada sessão de uma vez só. Antes de ser aceito, o doador é submetido a exames de sangue para checar se não é portador do vírus HIV ou alguma doença hereditária ou transmissível.

TESTE DE DROGAS: Alguns laboratórios recrutam pessoas para experimentar certas drogas antes de lançá-las no mercado. O problema é que se eles estivessem 100% seguros de que as drogas não têm nenhum efeito colateral, não precisariam de nenhum teste. Você estará servindo de cobaia e se começar, por exemplo, a nascer cabelos em seus joelhos, vai ser tarde demais para reclamar. Por isso, informe-se bem sobre o tipo de teste antes de se comprometer. A Cambridge Research Unit anunciou na revista The Big Issue que precisa de homens de 18 a 45 anos para uma pesquisa médica, mas só fornece os detalhes (tipo de teste, pagamento, etc) para os candidatos. Para quem se habilita, o telefone é 0800 32 84 195.

GAY LIFE
MUITAS BRASILEIRAS FICAM frustradas quando conhecem um inglês charmoso e inteligente e ao se interessarem pelo gentleman descobrem que ele prefere outro gentleman. Londres é provavelmente a cidade onde se concentra a maior população gay da Europa e o clima explosivo dos nightclubs contagia também heterossexuais liberais. Para informações sobre as noites mais badaladas basta dirigir-se a qualquer um dos bares gays da Old Compton Street, no Soho, onde não faltam filipetas e revistas sobre a comunidade gay.
A disco mais agitada é a Heaven (Villiers Street, WC2, embaixo dos arcos da estação de Charing Cross). A entrada pode custar de £1 a £12, conforme a noite. Apesar de existir há 24 anos, continua atraindo turistas e residentes jovens. Para quem não gosta de música tecno, uma opção às sextas-feiras é o Popstarz (Scala: 278 Pentonville Road, N1, tel. 020 7738 2236), onde predominam indie e rock dos anos 90 e clássicos dos anos 70 e 80. A entrada é grátis com filipeta antes das 23h, £8 depois. Aos sábados, o spot alternativo de Londres é o Duckie (Royal Vauxhall Tavern, Kensington Lane, SW8), onde a combinação de rock 'n'roll, performances ao vivo e homenagens a ícones gays garantem o clima da festa. Bebida a preços de pub e a entrada é apenas £5.

SAÚDE

TODA PESSOA COM VISTO por mais de seis meses no Reino Unido tem direito a assistência médica gratuita. Basta ir ao posto de saúde do seu bairro (health centre) com evidência de que tem intenção de permanecer legalmente no país por mais de seis meses e se registrar.
Para quem está apenas de passagem, a clínica Great Chapel Street Medical Centre (13 Great Chapel Street, W1, tel. 020 7437 9360), atende pessoas que não estão registradas em nenhum centro de saúde, das 14h às 16h. A consulta é grátis mas caso seja necessário fazer algum tratamento o médico decide se o estrangeiro deve ou não pagar (em casos de emergência o serviço é gratuito).

Se você suspeitar que está grávida, alguns centros propiciam assistência e aconselhamento:
Brook Street Advice Centre:
233 Tottenham Court Road, W1. Tel. 020 7387 8700 / 7274 4995
Consultas grátis sobre contracepção, aborto, teste de grávidez, etc. Todos os serviços são gratuitos para mulheres até 25 anos de idade (não atendem pessoas acima de 25).
www.brook.org.uk
Family Planning Association:
Ligando para 020 7837 4044 você menciona o código postal da sua área e é encaminhada para o centro mais próximo da sua residência. Teste de gravidez, aconselhamento, anticoncepcionais, aborto, camisinhas, etc. Serviços gratuitos para mulheres de qualquer faixa etária.

Dentistas: Em caso de emergência procure a Guy's Hospital Dental School, St. Thomas Street, SE1, tel. 020 7935 5000.
Se preferir um dentista que fale português, a Dra. Amália Fahmy (102 Baker Street W1), pode ser contatada pelo telefone 020 7589 6231 ou 07703 57 47 27 (celular),

· AIDS: O grupo Naz Vidas oferece serviço gratuito e confidencial de prevenção, teste e aconselhamento para pessoas da comunidade brasileira em Londres afetadas e/ou preocupadas com HIV, AIDS e saúde sexual.
Tel: 020 8741 1879 (José).
E-mail: Vidas@naz.org.uk
· Leia também a seção "Brasileiros com filhos" (página 27) para maiores informações sobre algumas formas de tratamento acessíveis a brasileiros no Reino Unido.

CONTA BANCÁRIA
Se você é estudante, para abrir uma conta bancária dirija-se a uma agência com o seu passaporte, uma carta do colégio e um documento que comprove o seu endereço. Com o visto de turista, no entanto, fica bem mais complicado, pois além do passaporte o banco exigirá um ou dois comprovantes de endereço: uma conta de gás ou telefone que esteja no seu nome e o cadastro no registro de eleitores, o que é praticamente impossível para um estrangeiro. Ainda assim eles serão relutantes em fornecer talão de cheques. Além disso, os bancos exigem referências de pessoas que o conheçam por pelo menos dois anos.
Por isso muitos estrangeiros recorrem às Building Societies (Cadernetas de Poupança), que só requerem um documento de identidade e uma prova de endereço que pode ser um cartão de registro no centro de saúde (medical card). As buildings societies também são criteriosas para fornecer talão de cheques a cliente novos, mas você ganha um cartão para movimentar a conta pelo caixa eletrônico sem nenhum problema. Caso necessite fazer algum pagamento pelo correio (contas, reservas de ingressos para shows, etc.), você pode ir ao caixa e solicitar um cheque avulso (counter cheque), que pode ser feito nominal ao destinatário por questões de segurança. Uma outra maneira de fazer pagamentos pelo correio é através de ordem postais (Postal Order), que podem ser obtidas em qualquer agência do correio. Elas vêm em branco e você preenche os detalhes do destinatário, mas não são grátis como os counter cheques.


TV LICENCE
A BBC não transmite comerciais e quem patrocina a programação é o telespectador. Por isso em toda casa onde há um aparelho de TV ou vídeo é obrigatório o pagamento de uma taxa anual de £121 (TV colorida) ou £40.50 (preto e branco). A licença pode ser paga em qualquer agência do correio. Os computadores do TV Licensing têm um cadastro das casas que pagaram a licença e mandam cartas para residências que não pagaram. Alguns inspetores abordam essas casas como se estivessem fazendo pesquisa de mercado e se detectarem um aparelho de TV sem licença processam o dono. No julgamento, alegar que desconhecia a tal licença por ser estrangeiro não irá isentá-lo da multa, que pode ser de até £1.000, mas pode amenizá-la e há casos de estudantes que pagaram uma multa menor, além do valor da licença atrasada. Algumas pessoas pagam a licença para TV preto e branco, mesmo usando TV a cores. Nesse caso, a possibilidade de serem inspecionadas é menor, mas se acontecer, serão processadas da mesma forma. No ano passado uma dona-de-casa que comprou a licença para TV branco e preto foi autuada usando TV colorida. Ela explicou ao inspetor que a TV era preto e branco, mas que se alguém esbarrasse nela, a TV passava a funcionar em cores. O inspetor pediu que ela ligasse a TV e a dona-de-casa foi logo dando um tapa na lateral do aparelho. Assim que surgiu a imagem em cores ela comentou: "Está vendo? Foi só esbarrar que vieram as cores, essa TV anda muito estranha". Foi processada por não ter a licença apropriada para o aparelho.
Se você pagar a TV Licence e sair do país antes do vencimento, ou a televisão pifar nesse período, o TV Licensing reembolsa o período não usado e contatando-os antes de viajar (tel. 0990 246 246), pode-se receber o reembolso antes de deixar o país ou negociar para que seja enviado ao Brasil.

Council Tax: leia a seção Acomodação.

TAXAS
Todo estrangeiro tem direito ao reembolso dos impostos descontados de seus pagamentos quando deixa o país, mesmo que tenha trabalhado ilegalmente (não há conexão entre escritório das taxas e permissão de trabalho). É possível reaver os impostos pagos nos últimos cinco anos fiscais. Para receber as taxas de volta, você deve preencher o formulário P85, que pode ser obtido em qualquer Tax Enquiry Office (ligue para 020 7438 6420 para saber o mais próximo de você) e enviar também o P45 (atestado do empregador especificando os impostos deduzidos do salário). Enviando os formulários P45 e P85 ao endereço que consta no alto do seu P45, as taxas são enviadas ao Brasil. Caso você ainda esteja trabalhando, é necessário enviar o formulário P60 (declaração do atual empregador sobre os impostos descontados no último ano fiscal). Na maioria dos casos o reembolso é conseguido em seis semanas mas há agências que se especializam nesse serviço, cobrando uma taxa de 15% de comissão da quantia recebida. Como as agências só recebem se você for reembolsado, elas têm estratégias para que o pagamento chegue antes de você deixar o país.

COMPRAS & VAT
Quase todos os produtos comprados no Reino Unido incluem no preço o VAT, ou seja, um imposto de 17.5%. Se você está visitando a Inglaterra, não tem cidadania européia e não permanecer no país por mais de seis meses, vale a pena fazer compras em lojas que tenham convênio com o VAT Refund Scheme. Nesse caso, você pode receber o VAT de volta e estará sendo reembolsado 14,89% do valor pago. Por exemplo, se você pagou £470 por uma câmera fotográfica, multiplique esse valor por 14.89% para saber quanto foi cobrado de VAT. Nesse caso, você pagou £400 pela câmera + 17.5% de VAT (£70), e se a loja fizer parte do VAT Refund Scheme, você recebe £70 de volta no Brasil. Peça um formulário ao comerciante. Chegue mais cedo ao aeroporto no dia da viagem e dirija-se ao Customs VAT Reclaim Office. Os inspetores precisam ver o recibo, o formulário preenchido e os produtos comprados. Você só é reembolsado pelos produtos que estiver levando para o Brasil.
CARTÕES DE CRÉDITO
Sempre que possível, pague suas compras ou qualquer serviço prestado com cartão de crédito. Segundo o Consumer Credit Card Act 1974, em qualquer transação comercial acima de £100 a empresa que emite o cartão de crédito é tão responsável pela qualidade do produto ou serviço prestado quanto o comerciante.
Isso significa que se o produto não estiver em perfeito estado você pode devolvê-lo ou exigir um novo e caso o vendedor não concorde em fazê-lo, você pode recorrer também ao banco que emitiu o cartão de crédito. Você não é obrigado a aceitar que o produto seja consertado a menos que ele tenha sido usado por um período razoável. Exija a troca por um novo ou a devolução do pagamento. Ao aceitar que um produto seja consertado você perde o direito de rejeitá-lo se o problema persistir. O responsável pela qualidade e entrega do produto é o comerciante e não o fabricante. Embora algumas lojas incluam em seus termos e condições que "não reembolsam em nenhuma circunstância", se o produto não estiver em bom estado o comerciante é obrigado a trocá-lo ou devolver o dinheiro. Caso haja resistência e o valor da compra for superior a £100, você deve então recorrer ao cartão de crédito. Se não acatarem sua reclamação, envie uma carta mencionando o Consumer Credit Act 1974 e sua reivindicação deverá ser levada a sério.
Existe ainda a possibilidade de recorrer ao Trading Standards Office da sua área e, na pior das hipóteses, processar tanto o cartão de crédito como o vendedor na Corte de Pequenas Causas (Small Claims Court).
Nesse caso, você precisa pagar uma taxa para a corte (10% do valor que está sendo disputado), mas será reembolsado pela companhia ou pessoa que está processando se vencer a causa. O problema é que o processo leva cerca de três meses e se nesse período a empresa processada falir ou mudar de endereço será difícil reaver o seu dinheiro e a taxa paga pelo processo. Por isso é melhor pagar com cartão de crédito, já que instituições financeiras raramente fecham. Lembre-se de que se em vez de pagar com cartão de crédito, você usar cartão de débito ou pagar com cheque, a instituição financeira fica totalmente isenta de qualquer responsabilidade e você terá que lidar exclusivamente com o comerciante.

ADVOGADOS/LEGAL HELP
Mesmo sendo estrangeiro, se você ganha pouco e tem pouco dinheiro guardado no banco (incluindo caderneta de poupança e outros investimentos), você tem direito a Legal Help (assessoria jurídica gratuita) caso precise de um advogado. Para calcular se você tem direito, digite seus dados financeiros na calculadora do site http://www.justask.org.uk/legalhelp/calculator.jsp?lang=en
De uma forma geral, quem ganha até £621 por mês e tem menos de £3 mil no banco (ou caderneta de poupança) tem direito, mas se você tem família / dependentes, há deduções a serem feitas e se achar o cálculo complicado, visite o Citizens Advice Bureau mais próximo de você (veja a seção Endereços Úteis).
Além de uma consulta gratuita que pode durar até duas horas, você tem direito também a um intérprete se tiver dificuldades para se comunicar em inglês.
Normalmente, os advogados não contratam o intérprete para a primeira consulta pois precisam antes se certificar de que você preenche os requisitos para obter legal help, portanto se você não se comunica muuito bem, convém levar um amigo fluente em inglês e comprovantes de renda como, por exemplo, extrato bancário, comprovante de salários, etc.
O advogado pode escrever cartas em seu nome e até representá-lo num tribunal se for o caso. Basta procurar um escritório de advocacia que tenha convênio com a Legal Aid Franchise.
Independente da sua situação financeira, se você for preso você tem direito a um advogado gratuitamente.

ESTUDANTES
COM O VISTO DE ESTUDANTE, você pode sair do país com o mesmo visto mas leia atentamente a seção Entradas Sem Bandeiras pois você pode ser questionado novamente e a autoridade dos oficiais da fronteira/aeroporto prevalece sobre a do Ministério do Interior.
Como estudante você pode também trabalhar até 20 horas por semana sem ter que requerer permissão. A lei que aboliu a permissão de trabalho para estudantes estrangeiros foi introduzida em 1999 mas devem ser observadas algumas restrições:
· Durante o ano letivo o estudante não pode trabalhar mais de 20 horas por semana, a não ser no caso de estágios relacionados a seus estudos, reconhecidos pela instituição onde ele está matriculado.
· O estudante não pode ter seu próprio negócio ou trabalhar como autônomo. Tampouco é autorizado a atuar como esportista ou artista.
· O estudante não tem permissão para seguir uma carreira que requeira período integral.
Todo turista ou estudante que permanecer no Reino Unido por mais de seis meses é obrigado a se registrar no The Overseas Visitors Records Office (veja endereço e telefone na seção Endereços Úteis). Para isso é necessário pagar uma taxa de £34 e você precisa apresentar o seu passaporte e duas fotografias recentes, que podem ser tiradas na hora (há uma máquina no local onde você se registra). Você então recebe uma caderneta verde que não tem nada a ver com o Green Card americano e não é permissão de trabalho. Sempre carregue este cartão quando deixar o país para evitar problemas na volta.
Se não se registrar, terá problemas quando voltar ou se necessitar estender o visto novamente.

ESCOLAS
No ano passado, o governo anunciou que inspecionaria com maior rigor as escolas de inglês para estrangeiros e disse que entre 672 escolas fiscalizadas, 178 foram consideradas legítimas, 195 não foram aprovadas e 299 requeriam uma inspeção mais detalhada. Mas nenhuma escola, aprovada ou não, teve seu nome divulgado e os assessores de imprensa do Home Office não tem maiores detalhes sobre esses dados.
Algumas escolas são eficientes ao ajudar o aluno na extensão do visto mas nem todas oferecem cursos de boa qualidade. Se você realmente quer aprender inglês, visite várias escolas e peça para assistir a uma trial lesson (aula experimental gratuita). No caso de ter que estender o visto, leia atentamente as recomendações da seção Extensão de Vistos antes de escolher a escola.
Geralmente o que faz um curso é o professor. Como você está na Inglaterra, não é preciso pagar uma fortuna por uma escola com altos laboratórios e aparatos como as escolas no Brasil necessitam: há mil cinemas, lojas e pubs onde você pode entrar e praticar o seu inglês, mas é uma ilusão achar que você vai aprender de ouvido e quanto mais cedo você começar a estudar, maior a motivação.

Quem não tem problemas de visto, pode tentar um curso noturno, que sai mais barato e tem menos alunos na classe, ou então optar pelos cursos gratuitos oferecidos pela St. George School of English (37 Manchester Street, W1, tel. 020 7299 1704). O St. Giles College também oferece cursos gratuitos em alguns meses do ano (154 Southampton Row, WC1, metrô Holborn, tel. 020 7837 0404).
O Hammersmith & West London College também oferece aulas de inglês com professores estagiários de segunda a sexta-feira, das 13.45 às 15.45 / 17.30 às 19.30 e aos sábados, das 10h às 12h (o colégio fica na Gliddon Road, W14, a 100 metros da estação do metrô de Baron's Court, Piccadilly Line, e as matrículas são feitas na quinta-feira, 14h na c186). Esses cursos são grátis porque são oferecidos por ingleses que estão sendo treinados para serem professores e precisam adquirir experiência. A maioria deles é jovem e tenta usar técnicas modernas de conversação que sempre melhoram a pronúncia e o vocabulário.

Mas se você precisa do visto de estudante, essas aulas não são reconhecidas pelo Home Office.
Leros publica todo mês anúncios para todos os bolsos e requisitos e cabe a você descobrir a escola que preencherá suas necessidades (cuidado com as 'fábricas de visto').
Se você pretende estudar literatura, fotografia, desenho, arte, etc., os colégios do governo têm ótimos cursos de meio-período a preços acessíveis e basta dirigir-se à biblioteca local para obter uma brochura.
Para uma listagem mais abrangente de todos os cursos da rede estadual disponíveis em Londres, basta comprar o livro Floodlight ou a revista On Course. Já os cursos de período integral (15 horas ou mais por semana), custam bem mais caros para os alunos que não pertencem à União Européia.
(veja a seção Escolas para endereços e links)

ESTUDANTES CASADOS
COMO ESTUDANTE, você pode trazer sua esposa/marido e filhos menores de 18 anos, desde que tenha como comprovar que pode acomodá-los e sustentá-los durante seus estudos, sem recorrer a nenhum benefício do governo.
Se o visto do estudante tiver duração superior a 12 meses, seu cônjuge poderá trabalhar (o marido/esposa do estudante pode trabalhar período integral mas o estudante só pode trabalhar durante as férias ou 20 horas por semana durante o curso).

ESTUDANTES COM VISTO DE TURISTA
APESAR DE CHEGAREM AO AEROPORTO já matriculados em uma escola, alguns brasileiros recebem o visto de turista. O problema é que ao receber o visto de turista, foi carimbado em seu passaporte "Employment Prohibited", o que o impede de trabalhar.
Desde 13 de novembro de 2003, os oficiais de Imigração só dão vistos de até seis meses, mesmo que você esteja matriculado em um curso de duração mais longa.
Se você perceber que recebeu o visto de turista, é possível pedir ao funcionário da Imigração para trocar pelo visto de estudante, pois não será possível obter o visto de estudante se você decidir estudar por mais do que seis meses. Embora nem todos empregadores chequem o visto de seus empregados e ainda não haja muita fiscalização, o brasileiro com visto de turista não tem permissão para trabalhar mesmo que esteja estudando 15 horas ou mais por semana. Se for autuado trabalhando, está sujeito a ser deportado. Em abril de 2003, o Departamento de Imigração fez uma incursão numa fábrica de biscoitos em Surrey, no sul da Inglaterra, e todos os brasileiros com visto de turista foram deportados. Os que tinham visto de estudante foram liberados. Mas no dia 11 de agosto de 2003, o Departamento de Imigração enviou uma equipe à mesma fábrica e desta vez os estudantes que estavam trabalhando mais do que a carga horária permitida também foram deportados. Mesmo que esteja estudando, quem não tiver o visto de estudante está sujeito a ser deportado e quem tem o visto de estudante também corre o risco de ser deportado se estiver trabalhando mais horas do que o visto permite.

ESTUDANTES E TURISTAS QUE SAEM DO PAÍS ANTES DO VISTO TERMINAR
TODA VEZ QUE O TURISTA DEIXA O PAÍS, ele pode ser questionado novamente quando retorna ao Reino Unido e a decisão do oficial da Imigração no aeroporto prevalece sobre o visto concedido anteriormente. Se um turista tem um visto de seis meses e depois de dois meses decide viajar, quando voltar ele receberá um novo visto, que não necessariamente terá a mesma duração do anterior. O novo visto poderá ter a duração de mais seis meses ou apenas um mês. Existe também a possibilidade de o turista não ser aceito de volta caso os oficiais da imigração não estejam convencidos de que ele pretenda retornar ao Brasil e tenha como se manter no Reino Unido sem trabalhar.
Os oficiais raramente complementam o visto recebido anteriormente e o fato de o turista estar viajando pela União Européia é irrelevante: tanto faz se ele foi passar férias em Paris ou na Índia. Para quem tem o visto de estudante o procedimento é diferente. Neste caso, ele geralmente recebe um novo visto com a mesma duração do anterior.
Os estudantes raramente têm problemas ao retornar, mas também estão sujeitos a uma nova avaliação e caso não respondam as perguntas satisfatoriamente, poderão não ser aceitos.

EXTENSÃO DE VISTOS

Quem está no Reino Unido com o visto de turista, só conseguirá estender o visto como estudante matriculando-se em cursos de graduação universitária. Essa medida torna praticamente inviável permanecer no Reino Unido um brasileiro que não domina o inglês para ingressar numa universidade ou não tem como pagar por um curso universitário, já que estes cursos são muito mais caros comparados com cursos normais de língua inglesa para estrangeiros.
Quem tem o visto de estudante pode fazer cursos de curta duração (inglês, computação, etc) por um período de até dois anos. Junto com o requerimento e o passaporte, é preciso enviar um cheque de £250.00 se o formulário for enviado pelo correio, ou pagar £500.00 se decidir fazer o pedido de extensão pessoalmente. O pagamento pode também ser feito por cartão de crédito ou vale postal.
O pagamento da taxa não garante que o visto será estendido. Caso o pedido seja recusado o dinheiro não é devolvido. O valor pago destina-se apenas a cobrir as despesas decorrentes do processamento de cada pedido e o Home Office prevê um período de três semanas para avaliar 70% dos requerimentos recebidos.
Os casos mais complexos não costumam levar mais do que três meses para serem decididos. Caso o requerente esteja disposto a pagar £500.00 para discutir seu caso pessoalmente, a resposta pode ser obtida no mesmo dia, mas se a documentação não for considerada satisfatória ou o funcionário da Imigração considerar o caso muito complexo a decisão pode ser adiada e existe ainda a possibilidade de ser necessário marcar uma entrevista em outra data.
Em caso de recusa do visto, o requerente não precisa pagar nada para apelar da decisão.
· O requerimento para extensão de visto pode ser obtido pelo telefone 0870 241 0645 ou pela Internet: www.ind.homeoffice.gov.uk
· O requerimento e o passaporte devem ser enviados para o endereço que consta no novo formulário.
· Os brasileiros que moram em Londres e desejarem apresentar seu caso pessoalmente, pagando £500, devem dirigir-se ao seguinte endereço:
Public Caller Unit
Lunar House, 40 Wellesley Road,
Croydon CR9 2BY.
Para obter o visto de estudante, são necessários:
Passaporte: Deve ser enviado ao Home Office (Polícia Federal, consulte a lista de endereços úteis na página 30) pelo menos quatro semanas antes do seu visto vencer, de preferência já com a carta do colégio. Mande registrada para evitar qualquer extravio.
Carta do Colégio: A carta deve atestar que você está matriculado, pagou por um curso de no mínimo 15 horas por semana e, se o curso já tiver começado, que a sua freqüência tem sido satisfatória (80% no mínimo) e que você tem progredido em seus estudos. As escolas que anunciam na Leros redigem a carta e podem pedir que o passaporte seja enviado com a extensão para a própria escola, o que é mais seguro caso você mude de endereço. Escolas reconhecidas (veja o capítulo Entradas Sem Bandeiras) são mais bem vistas pelas autoridades, mas não há nenhuma evidência de que os alunos que estudam em escolas não reconhecidas possam ter problemas com extensão de visto. Em um discurso realizado em novembro de 2003, o então ministro do Interior, David Blunkett, disse que o Departamento de Imigração em breve deverá inspecionar com maior rigor escolas para estrangeiros. Portanto, cuidado com as "fábricas de visto". Eles não divulgam nenhuma lista negra com escolas que não são consideradas legítimas, mas quando recebem muitos pedidos de extensão de visto de uma mesma escola eles podem checar o alvará dessa escola e caso ela não tenha licença para ter tantos alunos, eles certamente enviarão um inspetor para checar se os alunos estão freqüentando as aulas. Por isso é importante sempre assistir a uma aula experimental gratuita. Além de avaliar a qualidade do curso, observe também se a escola controla a freqüência dos alunos, pois se uma escola não tem um registro de freqüência e os inspetores descobrirem todos os alunos matriculados nessa escola terão problemas para estender o visto. Mesmo que você tenha amigos estudando em um colégio e que eles não tenham tido problemas para estender seu visto, é importante lembrar que esse ano a tendência do Departamento de Imigração é aumentar o rigor.
Dinheiro: Além do recibo do colégio, é necessário que você prove que pode se manter durante todo o período do curso. Enviando o passaporte e a carta do colégio, eles deduzem que você tem dinheiro para bancar sua estadia e nem sempre pedem comprovante bancário. Mesmo assim, é bom estar preparado para enviar um "statement of balance" caso seja requisitado.

If in doubt, leave it out:
Uma vez que você envia o passaporte, o Home Office abre uma pasta com o seu caso e toda vez que você contatar o Home Office, eles localizam a sua pasta. Para manter coerência com correspondências futuras, diga apenas o essencial. Não especifique quanto tempo você quer de extensão porque você pode mudar de idéia e necessitar prorrogar o seu visto novamente (os ingleses planejam tudo com um ano de antecedência e encaram mudanças de planos com suspeita). Mantenha cópias da correspondência enviada e use-a como referência para futuros contatos.

Outros cursos: Todo curso é válido para a extensão do visto, desde que seja de 15 horas semanais e durante o dia. Fazer vários cursos de meio período para preencher as 15 horas pode implicar em recusa de extensão (a menos que os cursos estejam conectados e se relacionem também com a sua profissão no Brasil).

Recusas:
Quando o Home Office recusa o seu pedido, o passaporte é enviado sem carimbo (mas anotam na sua pasta) e acompanhado de uma carta estipulando um prazo de 28 dias para deixar o país. Se você acha que foi injustiçado, vale a pena apelar pois em muitos casos a decisão é revogada. Junto com a carta, você recebe instruções de como apelar.

Asilo político: O Brasil é considerado um país seguro e as chances de um brasileiro conseguir asilo político são remotas. Muitos brasileiros que entraram com o pedido apenas para terem seu visto estendido enquanto seus casos eram estudados e desfrutarem da ajuda de custo e pagamento de aluguel pelo governo receberam uma resposta negativa.
Uma vez que um pedido de asilo é recusado, fica impossível permanecer no país como visitante ou estudante e o nome da pessoa que requereu falsamente o asilo ficará registrado nos computadores da Polícia Federal e da Imigração Britânica para que ela seja impedida de retornar ao Reino Unido.

BRASILEIROS QUE SE CASAM
EMBORA A MAIORIA DOS ESTUDANTES retorne ao Brasil, alguns se envolvem em relacionamentos amorosos e quando se casam podem se tornar residentes, desde que preencham os requisitos do Home Office (Ministério do Interior), que diferem conforme o tipo de relação.

Casamento com britânicos
Para se casar no Reino Unido, é necessário preencher UM dos seguintes requisitos:
• Ser portador de um entry clearance (permissão prévia, ou seja, uma espécie de visto que é obtido no Consulado Britânico do seu país de origem) como noivo(a) ou turista para casar.
• Obter um certificado de aprovação do Home Office,
• Possuir um status definitivo no Reino Unido, ou seja, visto de residência permanente.
Somente as pessoas sujeitas ao controle imigratório devem observar estas alterações, ou seja, os europeus não estão incluídos nesta imposição.
O entry clearance deve ser requerido no Consulado Britânico do país onde o/a noivo/a tem residência. Portanto, quem quiser se casar no Reino Unido deve obter o entry clearance como noivo/a ou de visitante para casar antes de vir, caso contrário, não poderá se casar.
No caso do Brasil, o único consulado britânico do país que emite o entry clearance é o do Rio de Janeiro. A grande questão é sobre este certificado de aprovação do Home Office. Na realidade, é mais um requerimento para os que se encontram aqui no Reino Unido.
Se um brasileiro quiser se casar com uma italiana, por exemplo, terá que enviar o formulário com a taxa correspondente (£135) para o Home Office e aguardar a decisão se poderá ou não celebrar o casamento aqui. Depois de aprovado e expedido o certificado em seu nome, o noivo poderá ir ao Cartório para marcar a data do casamento. Observa-se que no caso de dois brasileiros que desejam se casar aqui, cada um deve enviar o seu próprio formulário individualmente requerendo a aprovação, ou seja, terão que pagar duas taxas.
Porém, a pessoa que deseja se casar aqui deve verificar se tem ou não o direito a requerer o certificado de aprovação. Só poderá enviar esse formulário quem tiver um visto de mais de seis meses e com no mínimo três meses restantes do mesmo.
Portanto, o que muita gente temia aconteceu, turista não pode mais se casar em território britânico e nem o estudante que ainda tem em vigor o visto obtido no aeroporto.
Deve-se observar que este certificado somente tem a função de permitir que o casamento seja realizado; não se trata de um tipo de visto. O visto deve ser requerido depois que o casamento foi realizado.
Resumindo: os cartórios designados a celebrarem casamentos de estrangeiros só estão autorizados a marcar a data se o interessado possuir o certificado de aprovação do Home Office, se tiver um entry clearance na condição de noivo ou de visitante para casar, ou se possuir um visto de residência permanente.
Estas exigências na legislação foram introduzidas porque o Home Office deseja reduzir o número de pessoas que realizam o chamado “bogus marriage” (casamento por conveniência), que estava aumentando a cada ano. Segundo uma reportagem da BBC, cidadãos europeus residentes na Holanda vinham a Londres apenas para se casar com imigrantes ilegais em Londres e regularizar sua situação, cobrando, é claro, para se casar. A estratégia do governo deve funcionar, pois sem passar por esta triagem a pessoa não conseguirá sequer marcar o casamento, quanto mais requerer o visto de esposo(a).

Não basta apenas uma certidão de casamento para obter residência. O Home Office (Ministério do Interior) exige provas de que o casamento é legítimo e não por conveniência, portanto é essencial que você tire as fotos da cerimônia do casamento no cartório.
As pessoas recém-casadas agora só podem requerer visto por prazo indeterminado depois de dois anos de casadas (a lei anterior exigia apenas 12 meses). Durante esse período, não podem requerer benefícios do governo, como auxílio-desemprego, estão sujeitas a serem entrevistadas e o Home Office decidirá se concede ou não o visto depois de avaliar se o casamento é "legítimo e sustentável", uma terminologia que deixa implícita a possibilidade de recusa de visto a casais que não estejam financeiramente estáveis.
Em alguns casos, eles entrevistam o casal individualmente para se certificar de que o marido e a esposa pretendem continuar vivendo juntos, como casal.
As perguntas mais comuns são como os dois se conheceram, como foi o primeiro encontro e por quanto tempo eles namoraram antes de decidirem se casar. É também essencial provar que durante os dois primeiros anos de casamento, nem o marido nem a esposa dependerão de benefícios sociais, portanto o britânico/a que se casa com um estrangeiro/a deve provar que pode sustentar seu cônjuge por um período de 24 meses sem recorrer ao auxílio desemprego ou qualquer outro benefício social.
Uma vez que os requisitos do Home Office estejam preenchidos, o estrangeiro recebe um visto de um ano e já pode trabalhar.
Se continuar casado, recebe o visto por tempo indeterminado. Caso se divorcie, o visto por prazo indeterminado não é cancelado, mas estando divorciado é necessário esperar cinco anos para requerer a cidadânia britânica. Quem está casado pode requerer a nacionalidade britânica três anos depois do recebimento do visto por prazo indeterminado. Para requerer a cidadania, ele/a não pode ter se ausentado do Reino Unido por mais de 270 dias e não pode ter saído do país por mais de 90 dias no ano anterior ao pedido.
Lembre-se de que enquanto você não estiver casado de papel passado, você ainda ainda está sujeito a todas as restrições do seu visto.
O fato de estar noivo/a ou morando com o futuro cônjuge não muda em nada a situação. Em setembro de 2003, uma brasileira passou por uma experiência traumatizante. Ela estava com o visto vencido e momentos antes de se casar, os agentes da Imigração foram ao cartório, ela foi detida vestida de noiva, passou dois dias na cela de uma delegacia e foi deportada em seguida.

Casamento com outros europeus
Os brasileiros que se casam ou são casados com europeus residentes no Reino Unido recebem cinco anos de visto desde que o casal envie os dois passaportes, a certidão de casamento e uma carta do empregador do cônjuge europeu (ele/a tem que estar empregado) com o pedido do visto. Eles normalmente não são entrevistados e têm permissão para trabalhar, mas o visto é condicionado à permanência do marido/esposa no Reino Unido, ou seja, se o europeu deixar de residir no Reino Unido, o visto do cônjuge perde a validade. O visto também é cancelado quando o casal se divorcia. Os brasileiros casados com europeus não têm direito a benefícios como o auxílio desemprego, mas depois de cinco anos de residência podem requerer a cidadania britânica (veja acima as restrições relacionadas à ausência do país).

Casamento entre gays
A lei britânica não reconhece casamentos entre pessoas do mesmo sexo, mas o governo trabalhista passou a reconhecer os pedidos de residência entre homossexuais que vivem juntos há pelo menos dois anos.
O problema é que o estrangeiro que está numa relação há menos tempo não pode permanecer no Reino Unido por dois anos se não for estudante e organizações como Stonewall (tel. 020 7734 3705) continuam lutando para que essa exigência seja abolida. Enquanto a lei não muda, muitos pedem a extensão do visto enviando provas de que vivem com um cidadão britânico.
Quando o pedido é recusado, eles apelam e se o apelo não for acatado o caso pode ser levado à Corte Européia de Direitos Humanos, que condena qualquer discriminação contra homossexuais. Como o processo todo leva mais de três anos, assim que a relação completar dois anos o estrangeiro pode então pedir ao Home Office que reconsidere seu pedido de residência.
A lei que concede aos homossexuais o direito de ficarem juntos no Reino Unido não beneficia somente os parceiros de cidadãos britânicos, mas também os parceiros de cidadãos dos países que fazem parte da União Européia, parceiros daqueles com visto permanente ou com visto de duração limitada e parceiros de exilados. O casal deve apresentar provas de ter coabitado por pelo menos dois anos, além de pretender continuar vivendo juntos permanentemente. Contas conjuntas ou outros documentos oficiais que comprovem o mesmo endereço para os dois parceiros podem ser utilizados como evidência.
É fundamental também apresentar provas de que o casal pode se manter sem recorrer a benefícios públicos. O parceiro legalizado deverá estar empregado e o parceiro estrangeiro deverá comprovar sua empregabilidade.

Brasileiros com filhos
SE O VISTO DOS PAIS DA CRIANÇA não permite que eles recorram a fundos públicos (e esse é o caso de turistas e estudantes), a permissão não é alterada com o nascimento da criança no Reino Unido. Na Inglaterra não existe o chamado "direito de solo". A criança herda o status e a cidadania dos pais. Ou seja, se os pais não têm direito a benefícios do governo, o fato de terem um filho nascido em território britânico não muda a situação e eles não têm direito a ajuda de custo ou outros benefícios públicos destinados aos europeus, a menos que um dos pais tenha cidadania européia ou seja residente.
Há escolas estaduais que aceitam crianças brasileiras sem verificar os status dos pais, desde que a criança tenha documento de identidade e prova de que reside na área em que a escola está localizada. No caso de famílias necessitadas, às vezes é possível recorrer à Administração Regional da área onde os pais residem (Local Authority) e requerer assistência para assegurar o bem-estar da criança. Mas antes de prestar qualquer serviço à criança, é bem provável que o Local Authority exija que os pais tenham bons motivos para não retornar ao Brasil. Quanto à assistência médica, algumas formas de tratamento são acessíveis a brasileiros no Reino Unido:
· Pronto Socorro para casos de emergência (acidentes e tratamentos que não envolvam internação em hospital).
· Tratamento psiquiátrico vital.
· Tratamento de algumas doenças contagiosas, como por exemplo, doenças transmitidas sexualmente.
Isso significa que uma mulher grávida tem direito a tratamento de emergência no momento em que estiver dando à luz, mas terá que pagar por qualquer exame (por exemplo, pré-natal), acompanhamento médico ou qualquer outro serviço, e os hospitais estão fiscalizando cada vez mais o status de mulheres estrangeiras que engravidam antes de permitir acesso a seus serviços. Para que um brasileiro tenha direito a assistência médica no Reino Unido, é necessário que ele esteja vivendo no país com um propósito definido por um período mínimo de seis meses, como é o caso de estudantes matriculados em cursos de seis meses ou mais. Ou então que ele tenha vivido no Reino Unido por pelo menos 12 meses antes de necessitar de assistência médica ou procurar qualquer forma de tratamento. Os brasileiros que preenchem esses requisitos podem se registrar gratuitamente com um GP (General Practitioner, o médico do bairro).
Embora os GPs normalmente não investiguem o status do paciente como fazem alguns hospitais, o GP pode também recusar-se a registrar o paciente se achar que ele não está em conformidade com a lei.

RETORNO AO BRASIL
Bagagem
O BRASILEIRO QUE PERMANECE
um ano ou mais no exterior pode levar os bens adquiridos desde que sejam usados (ou seja, comprados seis meses antes da data do retorno). Não é permitido levar artigos motorizados, portanto uma motocicleta, por exemplo, está sujeita a todos os impostos.
É necessário que o passaporte apresente as datas de entrada e saída do Brasil para averiguação do tempo no exterior e fazer uma lista dos artigos, com seu valor aproximado em dólares. Não é essencial, mas útil, levar também um atestado de residência no exterior, que o Consulado Brasileiro emite em dois dias, cobrando uma taxa de £12.
Para obter o atestado, o Consulado necessita uma carta da escola ou do empregador, especificando a duração do curso ou o período do vínculo empregatício.
O Consulado Brasileiro colocou na Internet todo o procedimento necessário para quem está retornando: www.brazil.org.uk, clique "Consular Services"..www.brazil.org.uk

Justificativa de ausência nas eleições
OS BRASILEIROS PORTADORES de Título de Eleitor expedido no Brasil que não votaram porque estavam no exterior devem justificar a ausência nas eleições quando voltarem ao país, dirigindo-se à sua zona eleitoral no prazo de 30 dias a contar da data de retorno ao país.
O eleitor deve fazer a justificativa apresentando requerimento e prova de sua ausência do país (cópia autenticada do passaporte, passagem de ida e volta, etc).
Quem tem o Título de Eleitor expedido no exterior não precisa justificar a ausência.

Declaração de Isento
TERMINA NO DIA 30 DE novembro o prazo para os brasileiros inscritos no CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) apresentarem a Declaração de Isento de Imposto de Renda.
O objetivo da declaração é confirmar o número de inscrição do CPF pelos não-declarantes e toda pessoa dispensada de declarar que não fizer a declaração perde o CPF. A Declaração de Isento pode ser feita por telefone ligando para o número 00 55 78300 78300 ou pela Internet www.receita.fazenda.gov.br.
O site geralmente fica congestionado no dia 30 de novembro portanto convém fazer a declaração antes da véspera do encerramento do prazo.